quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Projeto e-lixo Maps mostra postos de coleta mais próximos

Em São Paulo, o projeto E-lixo Maps utiliza a plataforma do Google Maps para ajudar o internauta a encontrar os postos de coleta de eletrônicos mais próximos da sua casa ou trabalho.
Você já sabe que baterias, celulares, carregadores, computadores, televisores e pilhas velhas não devem ser jogados no lixo comum - esse material tem metais que podem contaminar o solo e a água. Mas o que fazer com todo esse lixo eletrônico, apelidado de e-lixo? Em São Paulo, a Secretaria do Meio Ambiente, em parceria com o Instituto Sergio Motta, criou o projeto "e-lixo maps": um site que usa a plataforma do Google Maps para o usuário encontrar lugares que coletam aparelhos obsoletos ou fora de uso e que dão um destino mais ecológico a eles. Dá para checar os postos mais próximos da sua casa ou trabalho, facilitando um bocado a vida. Agora não tem mais desculpa na hora de descartar seu lixo eletrônico.

Fonte: mundoesolucoes.com

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Pesquisa de etanol a base de resíduos agroindustriais

A tecnologia do processo de produção do etanol de segunda geração, que utiliza resíduos agroindustriais como matéria-prima, está sendo pesquisada no Brasil e no mundo. O objetivo é aumentar a produção de biocombustível, sem degradar o meio ambiente. O processo será mostrado no estande da Embrapa Agroenergia, na 18ª Feira Internacional da Indústria Sucroalcooleira (Fenasucro), que ocorre entre 30 de agosto e 3 de setembro, em Sertãozinho (SP). Também estará na 33ª Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários (Expointer), a partir de 28 de agosto até 5 de setembro, em Esteio (RS).
Para Silvia Belém, pesquisadora da Embrapa Agroenergia, esse tipo de produção é uma alternativa vantajosa porque pode substituir os combustíveis derivados de petróleo, diminuindo a emissão dos gases de efeito estufa e os impactos ambientais. No Brasil, as usinas já utilizam o bagaço de cana-de-açúcar na co-geração de energia. O excedente desse material pode ser aproveitado na produção de outra forma de energia, o bioetanol.
Quem visitar o estande da Embrapa Agroenergia nas duas feiras poderá conhecer as matérias-primas e o processo de produção etanol de 2ª geração. O passo a passo, demonstrado em vídeo, terá explicações dos técnicos e pesquisadores.

Fonte: EPTV.globo.com

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Pesquisadores investigam a morte de pinguins na Região dos Lagos

Uma cena triste tem se tornado comum nas praias das cidades da Região dos Lagos: um pinguim morto trazido pelo mar. Só nos últimos 30 dias, foram 154. Segundo pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz, em Cabo Frio, o aparecimento de pinguins na costa fluminense não chega a ser uma surpresa. Em geral, são animais jovens que se perdem do bando no trajeto entre a Patagônia e o Sul do país, que acontece sempre no inverno.
O biólogo Luciano Lima diz que atualmente só recebem tratamento os pinguins vivos que foram atingidos por anzóis ou manchas de óleo, como ocorreu no início do mês.
“Se o animal estiver apenas debilitado da jornada dele, por causas naturais, a gente não está mais recolhendo. A gente deixa a natureza seguir o curso dela. Ou seja, o pinguim pode morrer, mas é importante para manter a cadeia alimentar de outros animais da praia, como a maria-farinha, o urubu de cabeça vermelha e o urubu de cabeça amarela”, disse o biólogo.
O que não é normal é o aparecimento de tantos animais mortos. E isso está sendo estudado pelos biólogos.

Fonte: G1

Greenpeace faz protesto na praia de Copacabana, no Rio

Ativistas do grupo Greenpeace fizeram um protesto na manhã deste domingo (15), na praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio.
Eles cobriram os corpos com uma pasta negra que simula petróleo e percorreram a orla. O gesto representa o perigo real de acidentes envolvendo plataformas de petróleo em águas profundas.
O óleo usado na manifestação foi feito à base de óleo de amêndoa, corante à base de água e amido de milho.
Segundo o coordenador de voluntariado da ONG, Pedro Torres, o objetivo é mostrar que o vazamento de óleo que ocorreu em uma plataforma no Golfo do México pode acontecer em qualquer praia da costa brasileira.
“É fundamental que o Brasil invista em energia renovável. Então que se invista em energia eólica, em energia solar, pequenas centrais hidrelétricas. Todo dinheiro que está sendo investido no pré-sal, poderia estar sendo investido em ciência e tecnologia, e na exploração de novos parques eólicos, parques solares pelo Brasil afora”, disse ele.
A manifestação também aconteceu em Salvador (BA) e Recife (PE).

Fonte: G1

Filhote de urso é salvo após duas semanas com cabeça entalada em pote na Flórida

Um filhote de urso foi salvo na Flórida (EUA) por um grupo de veterinários após passar mais de duas semanas com a cabeça presa em um pote de geleia.

O filhote, que recebeu o apelido de “Jarhead” (cabeça de pote, em inglês) teria ficado preso ao procurar comida em uma pilha de lixo na cidade de Weirsdale.
Segundo os veterinários da Comissão de Conservação da Pesca e da Vida Selvagem da Flórida (FWC, na sigla em inglês), o urso morreria em poucos dias se não fosse libertado do pote, por não conseguir comer ou beber água.
Para conseguir retirar o pote de sua cabeça, os veterinários precisaram primeiro sedar a mãe do filhote.
Moradores da região começaram a ligar para a FWC há duas semanas para relatar terem visto o urso com o pote preso à cabeça.
O filhote, com a mãe e dois irmãos, eram vistos regularmente procurando comida em depósitos de lixo de Weirsdale.
Armadilhas – Os veterinários haviam tentado capturar o urso com armadilhas, mas não tiveram sucesso.
Após oito dias de aparições na cidade e dois dias sem serem vistos, os especialistas começaram a temer pela vida do filhote.
Mas na sexta-feira, quando os ursos retornaram, a equipe da FWC foi chamada ao local.
Eles atiraram uma seta com tranquilizante na mãe ursa, antes de agarrar o filhote rapidamente, apenas pelo tempo necessário para retirar o pote de sua cabeça.
Os veterinários mantiveram depois a família de ursos sob vigilância por um dia antes de devolvê-los ao seu habitat natural.
“Ainda que pareça que esta história tem um final feliz, na realidade ilustra uma das piores coisas que podem acontecer quando animais selvagens se alimentam de lixo deixado pelos humanos”, afirma um comunicado na página da FWC na internet.

Fonte: Folha.com

terça-feira, 1 de junho de 2010

Lixo gera riqueza

Ruas alagadas, bueiros entupidos, caos na cidade: cenário comum para os paulistas sempre que fortes chuvas chegam ao Estado. Em dias de sol também é fácil observar lixo nas calçadas, objetos jogados pelas ruas e pessoas que insistem em desrespeitar uma regra muito simples - "lugar de lixo é na lixeira".
A solução para este problema social, no entanto, já é conhecida por todos: conscientização e investimento.
O lixo mal destinado e acumulado no meio ambiente causa a poluição do solo e da água e provoca doenças em inúmeras pessoas em todo o mundo, especialmente em regiões mais carentes. É importante separar o lixo, armazená-lo e dar a ele o destino correto, para evitar prejuízos à natureza e à saúde pública".
O cuidado com o acondicionamento do lixo, com atitudes simples. Se você sabe, por exemplo, que o caminhão não recolhe o lixo no domingo, não adianta deixá-lo na calçada ou então mal acondicionado em uma lixeira. No caso dos condomínios, a preocupação com a capacidade (litragem) de cada coletor é ainda mais evidente, pois esta deve ser calculada de acordo com o número de moradores e média de produção de resíduos de cada um.
Separar o lixo de forma correta também ganha destaque neste contexto. Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, cerca de 40% do lixo urbano no Brasil pode ser reciclável e menos de 10% das cidades brasileiras possuem coleta seletiva. Reciclar é uma atitude consciente e necessária. Quando destinamos papel, plástico, metal, vidro aos locais adequados, facilitamos o processo de reciclagem e colaboramos para tornar o nosso planeta mais sustentável.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Sacolas problema ou solução? Opte pelas retornáveis

Nos dias de hoje é comum, quase unânime que as pessoas achem a vida que temos hoje ser muito melhor que a do passado. Eu, por muito tempo pensava o mesmo, imaginava como seria a vida sem telefone, celular, televisão, computador, internet, carro, avião, enfim, inúmeras descobertas que mudaram a forma de viver, ganhamos tempo, conquistamos o espaço, aumentou nossa expectativa de vida e lidamos melhor com a distância. Porém, a cada dia vejo que estava enganada; primeiro o relacionamento pessoal era mais aberto, receptivo, sincero; as famílias eram mais unidas, o respeito ao próximo mais exigido e o principal para mim: a relação com o meio ambiente era natural e respeitosa com os seus ciclos.
Nossos país e avós antigamente ao ir ao supermercado, feira, mercado traziam os produtos comprados em carrinhos, sacolas de pano, sacos de papel. Esta era a alternativa que havia para as pessoas na época poder carregar suas compras. Com o avanço tecnológico, o incentivo ao consumo e a busca pela “facilidade” entrou no mercado as sacolas plásticas – aquelas que deveriam ser a solução se transformaram em problema.
Só para termos uma idéia do problema que temos, menos de 1% de todas as sacolas plásticas são recicladas no mundo, as demais são jogadas em lixões, aterros sanitários, rios, lagos, oceanos e sabe se mais aonde. Em média o tempo de decomposição destas sacolas é de 100 a 400 anos e elas jogadas no local errado trazem sujeira, poluição e morte. As sacolas são “arrastadas” para inúmeros lugares e em sua maioria vão para os mares e oceanos, existe registro de sacos plásticos em todos os oceanos em todas as partes do mundo. Eles se degradam com o passar do tempo se decompõe em petro-polímeros menores e mais tóxicos, tendo como consequência à contaminação dos solos e vias pluviais, além de fazer parte da cadeia alimentar de varias espécies, chegando a mais de 200 espécies da fauna marinha que morre devido à ingestão desta “iguaria”.
Mas o que podemos fazer para mudar isso? Algumas redes de supermercados em nosso país têm incentivado o não consumo destas sacolas, oferecendo descontos para aqueles clientes que optam em não as utilizar ou a cobrança do uso das sacolinhas. Mas isto não basta, a mudança tem que vir de nós. Levar nossa própria sacola às compras é um hábito saudável, que podemos adotar com uma pequena mudança na nossa rotina. Reduza. Reutilize. Recicle!!
O uso de sacolas plásticas retornáveis evita desperdício de plástico e o descarte de um lixo que leva até 400 anos para se decompor na natureza. Para termos idéia da economia, se usarmos sacolas retornáveis, chegamos a economizar 6 saquinhos plásticos em uma semana, 24 no mês, 288 por ano e a mais de 22 mil no decorrer da vida. Só a China economiza por ano cerca de 37 milhões de barris de petróleo com a proibição do uso das sacolas. Além da China, temos Bangladesh, Canadá, Irlanda, Ruanda, Quênia, Israel, Canadá, Índia, Tanzânia, África do Sul entre outros.
Ao adquirir esta idéia, você está se propondo a reduzir seu impacto no meio ambiente e colaborando com a preservação do planeta. Não pense que sua ajuda é pequena, é na junção de atitudes como esta entre milhares de pessoas que fazemos a diferença.

Aumenta a geração de lixo dos brasileiros

O povo brasileiro se iguala aos europeus na quantidade de lixo gerado. Este aumento possivelmente ocorreu devido a melhora do poder de compra dos brasileiros, e isto faz com que a população do País produza cada vez mais lixo inorgânico, porém a implantação de programas de coleta seletiva e os níveis de reciclagem não crescem na mesma medida.
Os dados fazem parte do estudo Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2009, com dados obtidos pelo jornal Estado de São Paulo. A média de geração de lixo no Brasil hoje é de 1,152 quilo por habitante ao dia, padrão próximo aos dos países da União Europeia (UE), cuja média é de 1,2 kg ao dia por habitante. Nas grandes capitais, esse volume cresce ainda mais: Brasília é a campeã, com 1,698 kg de resíduos coletados por dia, seguida do Rio, com 1,617 kg/dia, e São Paulo, com 1,259 kg/dia. Além disso, o volume de lixo cresceu 7,7% em 2009 - foram 182 mil toneladas/dia produzidas ante 169 mil toneladas/dia no ano anterior.
O estudo, anual, abrange 364 municípios e foi realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), entidade que reúne as empresas de coleta e destinação de resíduos. "Alcançamos um padrão europeu de geração de resíduos e estamos nos aproximando dos americanos (2,8 kg por habitante/dia). Infelizmente, isso está acontecendo sem alcançarmos o mesmo grau de desenvolvimento desses países", afirma Carlos Roberto da Silva Filho, diretor executivo da Abrelpe.
De acordo com o levantamento, 56,8% desse lixo vai para aterros sanitários, 23,9% vai para aterros controlados (que não possuem tratamento de chorume) e 19,3% termina em lixões. Os aterros das grandes cidades, no entanto, caminham para a saturação.

sábado, 1 de maio de 2010

Coleta Seletiva - E eu com isso?

Humm.... Nada! O Brasil tem 5.562 municípios. Apenas 405 deles garantem ofertar a tal da Coleta Seletiva. Não cobre 8% do país. E pior: é raro o município cuja cobertura chega a 100%. Mas esse não é o ponto mais importante dessa conversa. O fato de você não ter nada a ver com coleta seletiva não é porque ela é ainda incipiente no País. Eu digo pra você que isso nem chega a ser um problema.
O problema é que nós cidadãos devemos ter uma preocupação primeira, chamada S-E-P-A-R-A-Ç-Ã-O Seletiva.
Coleta Seletiva é um problema da Prefeitura da sua cidade. E você votou em alguém para se preocupar com isso no seu lugar. Nas cidades onde existe a Coleta Seletiva – cuja implantação é uma obrigação constitucional do município – os índices de coleta são muito, mas muito baixos. Em 98% dos municípios não chega a 5% do lixo gerado.
Por quê? Elementar, meu caro blogonauta: se nós não falarmos em separação seletiva, quando passaremos a praticá-la? Agora, se você já separa o lixo, parabéns por seus instintos de coletividade, mas, no momento, deixe-os de lado e racionalize comigo: se eu não separar meus resíduos, como o município poderá coletá-lo?
Certa vez, ouvi de uma pessoa: - Eu separava o lixo. Mas aí, antes do caminhão da prefeitura retirá-lo, passava um catador, rasgava todo o saco a procura de coisas de valor ($$$) e largava tudo lá, na rua, na maior sujeira. A outra me disse: - Separar pra quê? Ninguém coleta. E ainda ouvi essa: - Ah! Isso dá um trabalho, eu não tenho tempo!
Não ter tempo é uma boa desculpa para quem ainda acha que não tem relação nenhuma com seus semelhantes e nem com o meio em que vive. Triste... Mas, para a primeira e para a segunda colega, dei o seguinte conselho: - Faça o seguinte: Sua parte é separar. Então separe, armazene e vasculhe a cidade em busca de um lugar em que reaproveitam esse resíduo e passe a levá-lo lá. Converse com suas vizinhas e estabeleça um rodízio para não ter que ir toda semana. Depois, você fala para o Prefeito de sua cidade o que você e suas vizinhas andam fazendo a esse respeito.
É certo que você vai ter um pouco mais de trabalho, até porque, como disse, se separação é problema seu, coleta é problema do Prefeito. Mas, o resultado disso é, no mínimo, interessante: ou Prefeito vai se movimentar para ofertar melhor (ou implantar) a coleta seletiva; ou você, certamente, vai se lembrar dele na próxima eleição!
A gente exerce a cidadania com deveres. E separar os resíduos é, sem dúvida, um deles. Então, pessoal, o que nós temos a ver com coleta seletiva? Nada. E o que temos a ver com Separação Seletiva? Tudo!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Carvão feito de lixo é realidade na Europa

Desde julho de 1997, já está em funcionamento, na Alemanha, uma usina que processa 140.000 toneladas de lixo por ano e produz, concomitantemente, combustível, a partir da biomassa.
Trata-se da Tecnologia de Reprocessamento de Combustível que, além da Alemanha e Itália (Veneza), já em pleno funcionamento, tem outras usinas sendo construídas também na Bélgica e na própria Alemanha, que deverão estar operando a partir de 2005.
Não tenho dúvidas em afirmar que, conforme estas usinas sejam instaladas pelo Mundo, aos poucos vamos nos livrar dos terríveis "lixões", graves focos de proliferação de doenças que chegam até a atrapalhar o turismo, por incrível que pareça. Em Israel, por exemplo, há poucos anos, um amigo de lá brincou comigo quando passávamos em frente a uma verdadeira montanha de lixo – que eles chamam de algo parecido com o "Monte da Vergonha" - fechando as janelas do carro, por causa do cheiro, e mostrando-me a bela paisagem do outro lado da estrada, tentando me despistar.
E é assim por todo o planeta, inclusive no Brasil, com algumas exceções.
Por aqui, poucos governos têm mostrado firme preocupação em realmente evoluir nesta área. Em recente declaração a Ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, afirmou que dará prioridade ao problema este ano. Mas como lixo é diretamente um problema municipal, cabe às prefeituras buscarem as soluções. E como quase todas estão sem capacidade financeira e muitas sem capacidade administrativa e gerencial, com muitos prefeitos sem possibilidades de montarem equipes eficientes, o problema só tende a se agravar.
O governo mineiro é dos poucos que tenta avançar na questão, dando prazo até 30 de julho deste ano para que centenas de prefeituras se enquadrem nas diretrizes básicas estabelecidas pelo Conselho Estadual de Política Ambiental para gerenciamento dos seus "lixões".
Bem que se poderia começar a pensar grande no Brasil e, ao invés de paliativos, partirmos logo para a implantação de tecnologias que acabem com depósitos de lixo a céu aberto e passem a gerar energia limpa, como nesse processo bem testado e em funcionamento.
Nesse conceito, lixo não é mais lixo, mas matéria-prima que será convertida em combustível "verde" após seu processamento em quatro etapas.
Primeiro o lixo é secado, por processo biológico, depois devidamente separado, recebe alguns aditivos e finalmente é prensado.
No processamento biológico de secagem, o que não pode ficar é removido e o remanescente fica quase totalmente isento de umidade. Depois o lixo é colocado em recipientes específicos. Todos os materiais inertes (pedra, vidro, areia, ferro, metais não-ferrosos e baterias) são separados para futuro reprocessamento ou reciclagem. O lixo separado e seco é, então, reduzido a pó. O pó é misturado com produtos da biomassa e com aditivos específicos, dependendo da sua utilização final. A massa combustível é prensada em paletas de tamanhos diferentes, também dependendo do uso final.
Hoje em dia, com as possibilidades inclusive de comercialização dos chamados "créditos de carbono", pode-se pensar em projetos desta espécie que juntem na negociação, por exemplo, uma empresa nacional, uma ou mais prefeituras, uma empresa internacional detentora da tecnologia e um governo estrangeiro que se interesse pelos "créditos de carbono". Os governos da Europa Ocidental, através de esforços para a implantação de tecnologias como esta, mostram que querem cumprir os prazos para se adequarem ao Protocolo de Kioto, que estabelece prazos e objetivos claros na busca de melhoria da qualidade ambiental, e devem ser procurados.
Mas com as condições favoráveis que já temos no Brasil, certamente há empresas estrangeiras prontas a estudarem propostas para aqui investirem nesta área, administrando o lixo de cidades em troca de poderem processá-lo.
Além de todas as vantagens já citadas, esta tecnologia traria outras, super-significativas, não só para Minas Gerais mas para todas as regiões do Brasil onde se planta eucalipto - e sabemos a que custo ambiental – para produção do carvão que é utilizado na mineração.
As consequências sociais, pessoais, financeiras e patrimoniais para todos os que tratam mal os ambientes estão se agravando de forma firme e acelerada. E já não se admite facilmente a irresponsabilidade social.

Fonte: Jornal Estado de Minas

terça-feira, 27 de abril de 2010

Arte em lixo - exposição Chris Jordan

Olhe de longe. Agora olhe de perto. Com esse jogo de cena, o fotógrafo americano Chris Jordan aproveita para chamar a atenção para os milhões de objetos que se acumulam no planeta, bem distante do alcance dos seus olhos
Até parece uma pintura. Mas é só chegar perto da imagem para ver que ela é inteiramente feita de latinhas. Ao todo, foram fotografadas 106 mil latas de alumínio, a mesma quantidade que é jogada no lixo nos EUA a cada 30 segundos. Obra de arte do fotógrafo americano Chris Jordan, autor deste ensaio sobre o desperdício na sociedade de consumo americana.

sábado, 24 de abril de 2010

Justiça manda prefeitura universalizar coleta seletiva de lixo na cidade de São Paulo

A prefeitura de São Paulo tem o prazo de um ano para universalizar a coleta seletiva de lixo no município, segundo determinação do juiz Luiz Fernando de Barros Vidal, da 3ª Vara da Fazenda Pública da Capital. A decisão é resultado de uma ação movida pela Defensoria Pública motivada pelas organizações da sociedade civil.
Entre as entidades está o Instituto Gea, uma organização da sociedade civil de interesse público. Segundo a coordenadora de projetos do instituto, Araci Musolino, o envolvimento do Poder Público é fundamental para a implementação de um programa de reciclagem de lixo na cidade. “ O programa de reciclagem não vai conseguir se universalizar se não fizer parte de uma política pública”, defendeu.
Segundo a prefeitura, a capital paulista coletou, por meio do programa de coleta seletiva, cerca de 103 toneladas por dia em 2009, 7% do resíduos passíveis de reciclagem. A quantidade é considerada pequena por Araci Musolino, que citou a cidade de Londrina (PR), onde são aproveitados 25% dos materiais que podem ser reciclados.
O sucesso do projeto da cidade paraense está, segundo ela, na gestão descentralizada, integrada e em parceria com as cooperativas de catadores. “A questão toda é o modelo que foi implantado. As cooperativas assumem as regiões da cidade. E a prefeitura dá a infraestrutura para fazer a conscientização da comunidade”.
Musolino ressalta que devido as particularidades da capital paulista, não se pode simplesmente copiar um modelo adotado em outro lugar, mas é possível aproveitar as ideias e as diretrizes para construir um programa amplo e específico o município de São Paulo.

Fonte: Daniel Mello/ Agência Brasil

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Arte em pneus

A organização não governamental Arte em Pneus visa a consciência ecológica para preservação do meio ambiente através de oficinas de reutilização de pneus e materiais emborrachados.
Com Início das atividades de facilitação de tecnologias artesanais em 2001 e fundamento em 2006, Arte em Pneus é uma associação civil sem fins lucrativos, com reconhecimento da Secretaria do Trabalho, Secretaria Municipal de Assistência de Desenvolvimento Social (SMADS), Secretaria do Meio Ambiente e Secretaria da Agricultura.
A Associação Arte em Pneus transforma pneus usados em Linhas de Ecoprodutos, como ecomobiliários, chaveiros, ecojóias, réplicas e materiais para escritório, sendo todos estes artefatos desenvolvidos a partir da borracha manufaturada, contemplando os princípios dos 5 R´s:
•Reeducação Ambiental
• Repensar no equilíbrio planetário
• Redução do consumo
• Reutilização de materiais
• Reciclagem (última opção)
Temos por base uma metodologia elaborada para lidar com uma das questões sócio ambientais que se tornou um grande problema da atualidade que é o descarte indevido de pneus.
O passivo ambiental de pneus usados e a demanda crescente por pneus novos gerou uma situação insustentável, de forma que os recicladores do material não conseguem absorver e destinar de maneira ecologicamente correta a totalidade dos pneus.
Uma das escolhas para minimizar este impacto, é disseminar o conceito de reaproveitamento funcional, onde o que seria descartado pode ser transformado de forma artesanal em objetos utilitários diversos, como: cadeiras, bancos, mesas, floreiras e afins.
A organização loca e vende os produtos feitos com pneus, desde mesas, cadeiras, poltronas, etc, além de ter oficinas de artesantano onde ensina as técnicas para a confecção dos produtos feitos com borracha.

Grupo anuncia que recolheu 10 milhões de fragmentos de lixo marinho

Mais de 10 milhões de peças de lixo foram colhidas das correntes marítimas do mundo em um único dia ano passado, divulgou nesta terça-feira (13) o grupo de Conservação Oceânica.
Para Philippe Cousteau, chinelos de praia que apareceram no Ártico da Noruega simbolizam a natureza global do problema do lixo marinho.
“Nós vimos às sandálias chegando à costa destas ilhas, no extremo norte da Noruega, próximo ao Círculo Ártico, disse Costeau, conservacionista e neto do famoso oceanógrafo Jacques Cousteau.
“As pessoas não usam chinelos de praia no Ártico, pelo menos se elas são sãs”, disse ele. “Acho que o mundo está começando a perceber que este é um problema global”.

Fonte: Folha Online





domingo, 11 de abril de 2010

Reciclagem óleo de cozinha

O óleo de cozinha após ser usado normalmente é jogado em pias, ralos e até mesmo no solo. Quando ele é descartado de forma inadequada temos como conseqüências:
- Entupimento da tubulação das casas;
- Entupimento das galerias de esgoto, causando retorno para as casas, mau cheiro e enchentes;
- Sobrecarrega as estações de esgoto, fazendo necessário o uso de mais produtos e mais energia para limpar a água. Quem paga a conta? Você!
- Polui rios e lagos, podendo causar sua morte!
- Polui o solo, podendo causar sua morte! Proliferação de vetores de doenças como moscas, ratos e baratas.
- Provoca a emissão de metano, um dos principais gases que causam o Aquecimento Global no planeta.
 
Com o óleo de cozinha pós uso podemos encaminhar para a reciclagem, onde ele é utilizado na fabricação de tintas, vernizes, ração animal e biodiesel.

O Vale do Paraíba conta com o Projeto Óleo da Solidariedade um projeto da Ong Instituto Eco-Solidário, onde são coletados e encaminhados para a reciclagem o óleo de cozinha pós uso.
Veja alguns pontos de coleta:
Jacareí: Paróquia Nossa Senhora da Santíssima Trindade - Centro Santuário do Carmo – Centro
São José dos Campos: UNIVAP - Centro - E. Prof. Arlindo Caetano Filho Mercadinho Piratininga  - Centro
PEV Jardim Interlagos
ACM – Jardim Satélite
CECOI – Bosque dos Eucaliptos 

Informação de mais pontos de coleta, acesse o site: http://www.oleodasolidariedade.org.br/

Outra solução para o óleo de cozinha pós consumo, e fazer sabão. Veja abaixo como é simples fazer:
Ingredientes:

4 litros de óleo de cozinha pós uso (peneirado)
500 g de soda cáustica (cuidado ao manipulá-la
1 litro de água
1 copo americano de sabão em pó

Preparo:
Misture tos os ingredientes em um balde
Mexa entre 40 a 60 minutos sem parar

Finalização:
Coloque o produto final em formas retangulares
Após 12 horas cortar
Após 2 dias desenformar



sábado, 10 de abril de 2010

Nova camisa da seleção brasileira é colada e feita de material reciclado


O novo material e a nova técnica de costura proporcionarão uma redução de 15% no peso total da camisa da seleção brasileira em relação à versão anterior.
A CBF apresentou hoje em Londres, onde a Seleção Brasileira enfrenta a Irlanda na próxima terça-feira, a nova camisa amarela com a qual o Brasil vai disputar a Copa do Mundo na África do Sul.
A grande novidade do lançamento é que a camisa é feita com plástico reciclado de garrafas PET. Cada camisa utiliza material equivalente a oito garrafas descartadas.
Além disso, nas costuras da nova camisa da seleção, a fabricante usou cola no lugar da linha que normalmente é utilizada.
Técnica semelhante vem sendo usada nos macacões dos pilotos de Fórmula 1 para redução do peso total do conjunto formado por carro e piloto que é controlado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA).
O novo material e a nova técnica de costura proporcionarão uma redução de 15% no peso total da camisa da seleção brasileira em relação à versão anterior.
Outra novidade são orifícios feitos a laser na parte lateral da camisa para proporcionar maior refrigeração aos atletas.
Andrada diz que, para a tradicional camisa amarela, "a CBF fez questão de manter o design clássico com um visual simples, sem muitos detalhes para não descaracterizar a camisa consagrada mundialmente".
A camisa tem gola careca verde de onde saem duas listras verdes por cima dos ombros.
Na frente, permanecem as cinco estrelas acima do escudo, simbolizando as cinco Copas do Mundo conquistadas pela Seleção, o logo da fabricante e o número de cada jogador.
 
Fonte: BBC

AFINAL, O QUE É LIXO?

Chamamos de lixo tudo aquilo que não nos serve mais e jogamos fora. Os dicionários de língua portuguesa definem a palavra como sendo: coisas inúteis, imprestáveis, velhas, sem valor; aquilo que se varre para tornar limpa uma casa ou uma cidade; entulho; qualquer material produzido pelo homem que perde a utilidade e é descartado.
Infelizmente o fato de algum produto ou alimento não ser mais útil para nós não significa que ele deixará de existir. Você já parou pra pensar que muito do que jogamos fora e consideramos sem valor pode ser aproveitado por outras pessoas?
Os materiais que ainda podem ser usados para outros fins mesmo depois de serem descartados, passarão a ser chamados de MATERIAIS REAPROVEITÁVEIS; já aqueles materiais que precisam ser descartados, mas após sofrerem transformações podem novamente ser usados pelo homem passarão a se chamar MATERIAIS RECICLÁVEIS!!!
Por exemplo: aquela famosa poltrona feita de garrafas do tipo PET é um reaproveitamento. Por outro lado a transformação química e física da garrafa PET em fibras de poliéster para a fabricação de tecido para roupas é um processo de reciclagem .

Bijuterias feitas com reutilização de papel

Bijuterias em papel



O que você precisa:
- papéis coloridos usados: revistas, papéis de presente, etc.
-régua
-lápis
-tesoura
-cola branca
-linha ou fio de nylon
-agulha grande

Como fazer:
1. Numa folha de revista ou papel de presente, desenhe com o lápis triângulos de 3 cm de base e pelo menos 6 cm de altura.
2. Corte os triângulos de papel. Para fazer um colar curto, você precisa de 15 triângulos.
3. Enrole cada triângulo utilizando a agulha como apoio.
4. Cole a ponta do triângulo com cola branca. Retire a agulha e pronto: está formada a pérola.
5. Depois de prontas, junte as pérolas com uma linha ou fio de nylon.

Dicas:
Use verniz incolor ou cola branca diluída em água para impermeabilizar as pérolas.
Faça colares de várias voltas.
Experimente papéis com coloridos diferentes e faça proveito dos vários padrões que podem surgir.
Intercale contas e miçangas entre as pérolas.
Faça conjuntos de colares e pulseiras.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Reciclagem do Vidro


O vidro é composto basicamente de areia, barrilha, calcário e feldspato, é 100% reciclável, não ocorrendo perda do material durante o processo de fusão. Para cada tonelada de caco limpo, obtém - se uma tonelada de vidro novo.

Além disso, cerca de 1,2 tonelada de matéria prima deixa de ser consumida. Nos sistemas de reciclagem mais completos, o vidro bruto estocado em tambores é submetido a um eletroímã para separação dos metais contaminantes. O material é lavado em tanque com água, que após o processo precisa ser tratada

e recuperada para evitar desperdício e contaminação de cursos d'água. Depois, o material passa por uma esteira ou mesa destinada à catação de impurezas, como restos de metais, pedras, plásticos e vidros indesejáveis que não tenham sido retidos. Um triturador transforma as embalagens em cacos de tamanho homogêneo que são encaminhados para uma peneira vibratória. Outra esteira leva o material para um segundo eletroímã, que separa metais ainda existentes nos cacos.

O vidro é armazenado em silo ou tambores para abastecimento da vidraria, que usa o material na composição de novas embalagens. A inclusão de cacos de vidro no processo normal de fabricação reduz o gasto com energia e água.

Para cada 10% de caco de vidro na mistura economiza-se 4% de energia necessário a fusão do forno industrial e redução de 9,5%no consumo de água.

Reciclagem do Metal


Depois de separados do lixo por processo manual ou através de separadores eletromagnéticos, os metais precisam passar por processo de limpeza em peneiras para a retirada de terra e de outros contaminantes. Em seguida, são cortados ou prensados para facilitar o transporte em caminhões até as indústrias recicladoras.

Ao chegar na usina de fundição, a sucata vai para fornos elétricos ou a oxigênio, aquecidos a 1550 graus centígrados. Após atingir o ponto de fusão e chegar ao estado de líquido fumegante, o material é moldado em tarugos e placas metálicas, que serão cortados na forma de chapas de aço. A sucata demora somente um dia para ser reprocessada e transformada novamente em lâminas de aço usadas por vários setores industriais - das montadoras de automóveis às fábricas de latinhas em conserva.

O material pode ser reciclado infinitas vezes, sem causar grandes perdas ou prejudicar a qualidade. Aciarias de porte médio equipadas com fornos elétricos processam a sucata por custo inferior ao das siderúrgicas convencionais.

Reciclagem do Plástico

Depois de separado, enfardado e estocado, o plástico é moído por um moinho de facas e lavado para voltar ao processamento industrial. Após secagem, o material é transferido para o aglutinador, que tem a forma de um cilindro, contendo hélices que giram em alta rotação e aquecem o material por fricção, transformando-o numa pasta plástica. Em seguida, é aplicada água em pequena quantidade para provocar resfriamento repentino, que faz as moléculas dos polímeros se contraírem, aumentando sua densidade. Assim, o plástico adquire a forma de grânulos e entra na extrusora, máquina que funde e dá aspecto homogêneo ao material, que é transformado em tiras (spaghetti).

Na última etapa, as tiras do material derretido passam por um banho de resfriamento, que as solidificam. Depois, são picotadas em grãos chamados "pellets", vendidos para fábricas de artefatos plásticos, que podem misturar o material reciclado com resina virgem para produzir novas embalagens, peças e utensílios.

É possível usar 100% de material reciclado.

Reciclagem do Papel


O papel é separado do lixo e vendido para sucateiros que enviam o material para depósitos. Ali, o papel é enfardado em prensas e depois encaminhado aos aparistas, que classificam as aparas e revendem para as fábricas de papel como matéria-prima. Ao chegar à fábrica, o papel entra em uma espécie de grande liquidificador, chamado "Hidrapulper", que tem a forma de um tanque cilíndrico e um rotor giratório ao fundo. O equipamento desagrega o papel, misturado com água, formando uma pasta de celulose. Uma peneira abaixo do rotor deixa passar impurezas, como fibras, pedaços de papel não desagregado, arames e plástico. Uma tonelada de aparas pode evitar o corte de 10 a 12 árvores provenientes de plantações comerciais reflorestadas.

A fabricação de papel com uso de aparas gastam 10 a 50 vezes menos água que no processo tradicional que usa a celulose virgem, além de reduzir o consumo de energia pela metade.

Reciclagem da Madeira

As extrações de madeiras que são encaminhadas as serralherias e posteriormente as industrias, sofrem processo de industrialização transformando-as em produtos de uso diversos.

Após o uso, estes materiais são descartados como restos de madeira, principalmente, materiais utilizados pelas industrias.

A reutilização da madeira, consiste no processo de separação e trituração dos materiais, retirando impurezas e metais como fitas metálicas, pregos etc.

Após o processo de trituração, são enviados para reutilização na fabricação de placas aglomeradas para confecção de móveis e caixas de embalagens, como combustível para aquecimento de fornos e caldeiras, e também para industrias de celulose na fabricação do papeis.

terça-feira, 6 de abril de 2010

PNUD amplia centros de reciclagem no país

O setor de projetos do Protocolo de Montreal, impulsionado pelo PNUD, vai instalar no Brasil mais 114 unidades de reciclagem de gases prejudiciais à camada de ozônio, ou com potencial de aquecimento global, em empresas que fabricam geladeiras e equipamentos de ar condicionado que utilizam gases nocivos como o CFC e o HCFC em seu funcionamento.
O assessor técnico do Protocolo de Montreal no PNUD, Anderson Moreira do Vale Alves, explica que as unidades de reciclagem são centros de regeneração que recebem os gases contaminados e os tratam para que eles possam voltar ao mercado. Elas são capazes de reciclar o CFC-12 (nocivo à camada de ozônio e usado em refrigeradores domésticos e comerciais de pequeno porte), e os gases estufa HCFC-22 (usado em aparelhos de ar condicionado) e HFC-134a (usado em refrigeradores domésticos).
“Esse equipamento permite a filtragem do fluído, separando o material nocivo e purificando o gás, que volta a ser limpo. Isso possibilita seu uso com segurança e o mesmo desempenho. Os gases reciclados continuam com potencial de destruição do ozônio ou de aquecimento global, mas terão um círculo de vida maior em uma estratégia de contenção, para evitar que os gases sejam liberados na atmosfera”, explica Alves.
O foco dos centros de regeneração de gases são os equipamentos de refrigeração mais antigos, que contém CFC. Mas Alves explica que, mesmo os mais modernos, contêm gases nocivos ao meio ambiente, como o estufa HCFC. Por isso, as unidades foram pensadas para ter uma vida útil de 40 anos, e reciclam outros gases além do CFC.
“Todos os gases de refrigeração hoje são estufa ou agridem a camada de ozônio. Só os equipamentos com hidrocarbonetos são inofensivos, mas aparelhos assim ainda são poucos. Reciclar os gases sai mais barato que comprar um gás novo. Queremos dar viabilidade econômica ao processo de eliminação do consumo de gases nocivos”, acrescenta.
Distribuição – As 114 novas unidades de reciclagem serão distribuídas em 96 municípios de cinco estados, de acordo com o consumo de gás em cada cidade – regiões industriais, por exemplo, têm uma maior demanda por reciclagem – e a distância que possuem dos centros de regeneração já existentes.
Alves diz que um dos critérios é estar a mais de 70 quilômetros de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre, Brasília, Curitiba, Fortaleza ou Joinville, cidades que já contêm os equipamentos.
Ainda de acordo com o assessor técnico, a demanda por reciclagem vem crescendo. “Antes não havia conhecimento sobre reciclagem ou a necessidade de reciclar, pois não eram conhecidos os efeitos nocivos desses gases. Mas depois que houve identificação dos danos causados ao meio ambiente e a Resolução do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) nº 267, de 2000, que determinou que todo gás deve ser recolhido e tratado durante a utilização, surgiu essa necessidade.”
As empresas do setor de refrigeração que se interessarem em receber e operar uma unidade de reciclagem têm até 5 de abril para manifestar interesse, enviando sua candidatura à Unidade de Projetos do Protocolo de Montreal. Todas as postulantes deverão atender aos critérios de elegibilidade estabelecidos pela Portaria nº 462 do Ministério do Meio Ambiente, de 23 de dezembro de 2009.
Alves acrescenta que os equipamentos serão direcionados por ordem de chegada, conforme as empresas forem se candidatando. Essa é a última etapa na expansão da reciclagem de gases, e não serão distribuídos novos equipamentos. No site do Protocolo de Montreal está disponível a relação completa de cidades que receberão unidades de reciclagem, a quantidade de máquinas e empresas por município e também os critérios de candidatura para as companhias.

Fonte: Bruna Buzzo/ PrimaPagina/PNUD



1,5 bilhão de sacolas plástica a menos no meio ambiente no Brasil neste ano, diz Minc

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc em evento na praia de Ipanema, no Rio de Janeiro para distribuição de materiais de divulgação da campanha nacional “Saco é um Saco” que visa diminuir o uso de sacolas plásticas em supermercados estimou que devido a campanha de incentivo ao uso de sacolas ecológicas – reutilizáveis – a redução de seu consumo no ano de 2010 pode chegar a 1,5 bilhão de sacolinhas plásticas.
Aos poucos o Brasil vem aumentando ações e incentivos para a redução de consumo das sacolas plásticas que são descartadas gerando inúmeros problemas ao meio ambiente. No ano passado, conseguimos reduzir 600 milhões de sacos plásticos, que seriam lançados no meio ambiente.
O uso abusivo das sacolinhas plásticas, que acabam indo para no lixo, ajudando a aumentar os níveis de poluição nos rios, córregos e nos mares. Além de fazer parte da cadeia alimentar de animais, ocasionando em inúmeros registros de animais mortos por ingestão (peixes, tartarugas e golfinhos) ou por se enrolarem em restos de sacolas plásticas.
A luta contra as sacolas plásticas vem tomando força ano a ano graças ao engajamento das grandes redes de supermercados, e da população na conscientização boa a boca. A rede de supermercados Walmart há cerca de 1 ano incentiva o uso das sacolas retornáveis em crédito aos seus clientes, ou seja, quando o cliente deixa de utilizar as sacolas plásticas, fornece desconto no valor final das compras. De acordo com o diretor de Relações Institucionais do Walmart, Carlos Ely, a empresa já concedeu mais de R$ 460 mil em descontos aos clientes que aderiram a idéia do consumo consciente.
Ações como estas mostram que é possível chegarmos a redução na geração de lixo, mas vale ressaltar, que para termos resultados cada vez mais positivos, cabe a população, governo e empresas entrarem num consenso, e caso não haja colaboração as sociedade e empresas, cabe ao governo impor regras e condições para o consumo consciente. Pois é possível, haver crescimento econômico havendo respeito aos recursos naturais e ao meio ambiente.

terça-feira, 23 de março de 2010

Índices da Reciclagem

Capitais em que há catadores nos lixões: 37,4%

Cidades com mais de 50 mil habitantes: 68,18%

Cidades com menos de 50 mil habitantes: 31,67%

Nas ruas

Capitais em que há catadores nas ruas: 66,67%

Cidades com mais de 50 mil habitantes: 63,64%

Cidades com menos de 50 mil habitantes: 31,67%

Lixões

Capitais com lixões: 25,93%

Cidades com mais de 50 mil habitantes (excluídas as capitais): 72,73%

Cidades com menos de 50 mil habitantes: 66,67%

Fonte: UNICEF

Lixo vira arte na exposição “Memória Seletiva: Objetos Descartados em Nova Função”, no Rio de Janeiro

Até sexta-feira, dia 26, o espaço EBA7, da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, recebe a exposição “Memória Seletiva: Objetos Descartados em Nova Função”, de Leonardo Leoni.
O aluno recém-formado pela Escola de Belas Artes explicou que a idéia de usar o lixo surgiu da dificuldade em conseguir os materiais para a elaboração dos projetos da faculdade. “O material era muito caro, então fui adaptando. Não tinha certa tinta, eu usava pigmento, terra, cola. Assim, acabei estudando um pouco mais sobre essa questão da ‘cozinha’ da pintura. Dentro das próprias aulas, em Teoria da Pintura, aprendemos a elaboração dos materiais”, disse.
Na primeira exposição individual do artista a matéria prima utilizada vai desde telhas e madeiras ao papelão. Cada objeto exigiu de Leoni uma técnica específica. Nas telhas, ele usou a raspagem e a fuligem de vela foi utilizada com outros materiais.
Sobre sua arte, Leoni afirmou: “Na verdade, não transformo o material em outro. Apenas obedeço ao que ele tem a me oferecer ali, modificando o juízo de valores que as pessoas dão. Era lixo, mas agora é arte”, concluiu.

Fonte: AmbienteBrasil



domingo, 21 de março de 2010

Bitucas de cigarro podem ser recicladas, alerta campanha lançada em Curitiba (PR)

Uma campanha lançada em Curitiba, no Paraná, está chamando a atenção para a necessidade de um plano de gerenciamento de resíduos produzidos pelos consumidores de cigarros. Em outubro de 2009, oito empresas foram notificadas pelo Ministério Público do Paraná.
Com o título "Bituca no chão, apague esta ideia", uma das empresas notificadas está promovendo ações de educação ambiental com foco em seus consumidores. Os fumantes estão sendo alertados sobre os problemas decorrentes do descarte do resíduo em local inapropriado.
Somente em Curitiba são produzidas dezenas de toneladas de rejeitos de cigarros todos os anos. Este material, quando separado, pode ser transformado em papel e tecido, deixando de sobrecarregar os aterros sanitários.
"Trata-se de resíduo contaminado e, como tal, os fabricantes têm responsabilidade sobre sua correta destinação. As empresas estão apresentando os planos de gerenciamento, que serão analisados pelo Ministério Público, e haverá acompanhamento para saber da sua efetiva implementação", explicou o coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Proteção ao Meio Ambiente, Saint-Clair Honorato Santos.

Fonte: Ambiente Brasil

Coleta de lixo em São Luís/MA está interrompida há mais de uma semana


1 kg de lixo incomoda muita gente, toneladas de lixo incomodam muito mais. Este é o lema que os moradores de São Luís no Maranhão têm passado há mais de uma semana, tudo isso, porque a coleta de lixo na cidade foi interrompida e são toneladas de sujeiras se acumulando nas ruas.

Todo o problema teve inicio numa briga entre a prefeitura e uma empresa contratada, que interrompeu a coleta do lixo em 140 bairros. Os responsáveis pela empresa de coleta alegaram que não estavam recebendo pelo serviço e dizem que só irão retomar a coleta depois que o município pagar o que deve. "Essa dívida hoje gira em torno, aproximadamente, de R$ 12 milhões, sem contar com a multa da rescisão contratual com a prefeitura", afirma o advogado Manoel Felinto. Já a prefeitura por sua vez suspendeu o contrato com a empresa. "O contrato foi rompido porque estava sendo maculado o interesse público. A empresa não estava atendendo aos requisitos do contrato, portanto, a administração pública tinha o direito de agir", diz o procurador do município Francisco Coelho Filho.

Enquanto existe a discussão das partes envolvidas a sujeira toma conta das ruas históricas, das praias. Está na porta das igrejas e nas praças da capital maranhense. E é a população que sofre com o descaso.

Em média a cada dia, mais de 1,2 mil toneladas de lixo ficam acumuladas pelas ruas de São Luís. E a população arruma alternativas para lidar com o problema sendo obrigada a recorrer aos carroceiros que fazem o serviço que é da prefeitura.

Somente havendo paralisação deste serviço extremamente importante a sociedade, para que ela se dê conta do quão importante é o cuidado com o lixo. Se a população em sua maioria tivesse o hábito de reciclar estes números seriam menores, e teriam possibilidade de localizar empresas, coorporativas e agentes ambientais que se interessassem pela retirada de seu lixo.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Quantia de lixo descarta na Terra

A matemática do lixo é infinita, nunca acaba, e a cada segundo, milésimo de segundo esta soma aumenta. Veja abaixo alguns números de descarte de lixo no mundo:

1 segundo - 1.000 toneladas (mil toneladas)
1 minuto - 60.000 toneladas (sessenta mil toneladas)
1 hora - 3.600.000 toneladas (três milhões e seiscentas mil toneladas)
1 dia - 86.400.000 toneladas (oitenta e seis milhões e quatrocentas mil toneladas)
1 mês - 2.592.000.000 toneladas (dois bilhões e quinhentos e noventa e dois milhões de toneladas)
1 ano - 31.104.000.000 toneladas (trinta e um bilhões e cento e quatro milhões de toneladas) 

O problema é que este lixo na grande maioria das vezes não é descartado no local adequado.
Reveja seu conceito.
Recicle!

Alguns dados do lixo nos EUA

São descartados nos EUA:

  • 106 mil latas de alumínio em 30 segundos
  • 1 milhão de copos descartáveis jogados a cada 6 horas em vôos comerciais
  • 60 mil sacolas plásticas a cada 5 segundos
  • 2 milhões de garrafas pet a cada 5 minutos
  • 426 mil celulares saem de circulação por dia
A degradação ambiental é resultado do efeito cumulativo das ações de cada um de nós...
Por isso, a solução tambem está em cada um de nós.
Colabore com o planeta!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Setor químico defende o uso das sacolas plásticas, já o governo e supermercados desestimulam o uso

Demorou, mas as grandes redes de supermercados estão tendo atitudes decisivas no uso das sacolas plásticas no Brasil.
A rede de supermercados Walmart lançou nesta sexta-feira (12) um programa de caixas preferenciais e descontos simbólicos ao consumidor que utilize sacolas retornáveis. Para cada sacola plástica que o cliente deixar de usar ou cinco itens adquiridos (quantidade média de produtos embalados em uma sacola, segundo estudo do Instituto Akatu), será dado R$ 0,03 de desconto (valor este que corresponde ao custo unitário de cada sacola). Sendo assim, numa compra de 200 itens, o cliente ganhará R$ 1,20. O projeto é ainda piloto, tendo apenas três lojas na campanha, mas a previsão é de atingir todas as 436 unidades da rede em dois meses.
Outra empresa que aderiu a idéia do NÃO as sacolas plásticas em evento com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, nesta segunda-feira (15) foi à rede de supermercados Carrefour que prometeu oficialmente que interromperia em quatro anos o uso de sacolas plásticas.
Estas iniciativas têm gerado discussão com o setor químico, que discorda das ações. O engenheiro químico Francisco de Assis Esmeraldo, presidente da Plastvida Instituto Socioambiental dos Plásticos - entidade que representa institucionalmente o setor - afirmou que o uso das sacolas plásticas não pode ser proibido. "Não há alternativas consistentes para substituir as sacolas plásticas, que são reutilizáveis e 100% recicláveis". Ele afirmou, ainda assim, ser a favor das sacolas retornáveis e das sacolas biodegradáveis, mas que a opção deve ser sempre do consumidor, até porque muitos as utilizam como saco de lixo. Além disso, defende que o produto seja utilizado de forma consciente e que sejam seguidas as normas técnicas ABNT para sacolas de qualidade, para evitar o desperdício.
Eu, como gestora ambiental e ambientalista, discordo dos argumentos levantados pelo Engenheiro Químico sobre não haver alternativas consistentes, alternativas já existem, até por que antes não haviam sacolas plásticas e a sociedade vivia sem maiores problemas. E por que não dizer nos dias de hoje, as sacolas ecológicas ou ecobags que a cada dia são mais modernas e resistentes. Afinal, ela pode ser reutilizada infinita vezes.
Outra alternativa seriam as caixas de papelão que chegam os produtos, alguns supermercados já adotam essa prática, até por que o tempo de decomposição deste material na natureza é incomparável em relação ao plástico.

Carlos Minc anunciou que desde o início da campanha Saco é um Saco, em 5 de junho de 2009, Dia Mundial do Meio Ambiente, o brasileiro deixou de utilizar de 600 milhões a 800 milhões de sacolas plásticas. O Brasil utiliza cerca de 12 bilhões de sacolas plásticas tradicionais por ano, segundo estimativa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Soluções estão aparecendo para combater o problema das sacolas plásticas no mundo, basta que cada cidadão faça a sua parte. Assim, 200 diferentes espécies marinhas, incluindo baleias, golfinho e tartarugas poderão tirar de seu cardápio as maléficas sacolas plásticas.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Madeira Plástica

Madeira plástica  a depender das cargas que lhe são adicionadas é um material composto produto de reciclo de polímeros, inclusive do lixo, em especial o polietileno de alta densidade adicionado de outros materiais, tais como serragem de madeira, carbonato de cálcio, caulim, pigmentos e plastificante, além de algum teor se conveniente de polietileno de baixa densidade, e conforme novas tecnologias, poliestireno, conforme as propriedades finais de resistência a flexão, compressão, rigidez ou flexibilidade que sejam desejadas.
Nasce e desenvolve-se como produto da preocupação com a responsabilidade com o meio ambiente, com o crescimento da reciclagem de materiais, visando substituir madeira em diversos fins (objetos externos, expostos à intempéries, ou internos, sob umidade alta), como bancos de praça, instalações para lixo, cobertura de pontes, escadas, corrimãos, guardas de sacadas, estrados para a criação de animais na pecuária, como os porcos, decks de piscinas e outros, dormentes de trilhos de trens e metrôs e pallets para transporte e armazenamento de mercadorias, ou mesmo o ferro fundido em aplicações urbanas e sanitárias, como tampas de instalações subterrâneas, "bocas de lobo" de esgotos pluviais. Pode ainda ser usado para móveis escolares, construções diversas na indústria onde substitua adequadamente a madeira ou metal.

Propriedades
Apresenta vantagens em relação a determinadas propriedades da madeira (e inclusive de metais), independendo nestas inclusive o cargueamento, que lhe confere outras propriedades específicas.
Resistente à corrosão, podendo ser exposta a sol, chuva, poeira, manter contato com o solo.
É imune à pragas, como cupins, insetos e roedores; não mofa, não cria fungos e não absorve umidade.
Não forma farpas, não racha, nem empena pelo secamento ou envelhecimento.
Não necessita ser pintada, é pigmentada com diversos tipos de pigmentos e materiais corantes em diversas cores e texturas adequadas a diversas aplicações..
Visualmente, pode ser identica a madeira convencional
Substitui madeiras raras (Maçaranduba) em determinadas aplicações.
Quanto a praticidade de seu uso e aplicações, temos:
Livre de manutenção e pintura
Aplicação com ferramentas da madeira
Maior agarre a pregos e parafusos, não apresentando, por exemplo, as rachaduras quando nela penetram pregos ou parafusos, pois não possui uma orientação de "fibras" como da madeira.
Limpeza feita com água e sabão.

Técnicas de uso
Madeira plástica pode ser comprada como madeira convencional e trabalhada com as mesmas ferramentas. Possui flexibilidade variável pela composição e permite um melhor agarre a pregos e maior facilidade para o corte e entalhe.

Política de resíduos sólidos reduziu volume de lixo em aterros sanitários do Paraná

Reduzir em 30% as 20 mil toneladas de lixo geradas diariamente no Paraná tem sido a principal meta da política de resíduos sólidos implantada pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema) e suas autarquias – Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Instituto Paranaense das Águas/ Suderhsa.
Por meio do Programa Desperdício Zero, todos os grandes geradores e fabricantes de resíduos (como pilhas, baterias, pneus, vidros, entre outros) foram reunidos em fóruns setoriais e passaram a discutir formas de reciclagem, reaproveitamento e recolhimento dos produtos que disponibilizam no mercado.
“Algumas iniciativas encampadas pelo Paraná para reduzir o volume de lixo destinado aos aterros sanitários, aumentando sua vida útil, são pioneiras no Brasil”, declara o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues.
O Paraná foi o primeiro estado brasileiro a polemizar a discussão sobre os danos da sacola plástica e estimular o uso de sacolas retornáveis nas principais redes de supermercados. O Governo do Paraná também é o único que promove a coleta e a reciclagem do óleo de cozinha - garantindo o recolhimento de 10 mil litros de óleo mensalmente, em mais de mil pontos de recolhimento.
E como grande produtor agrícola, o Paraná trabalhou para alcançar a primeira colocação nacional, proporcionalmente, em número de embalagens de agrotóxicos recolhidas, sendo que há sete anos encontrava-se na 9ª posição. “Hoje, somos o estado pioneiro em recolhimento de embalagens de agrotóxicos, e os agricultores as entregam somente após a tríplice lavagem do produto, evitando qualquer tipo de contaminação”, explica o presidente da Suderhsa, João Samek. A Suderhsa é responsável pela campanha e também pela orientação técnica em projetos para construção de aterros sanitários, por meio da diretoria de saneamento ambiental.
Mais ações – O Programa Desperdício Zero conta hoje com mais de uma centena de instituições parceiras que constituem os Fóruns Setoriais dos fabricantes de pneus, lâmpadas, pilhas, baterias, vidro, embalagens de agrotóxicos, entre outros. Os fóruns estabelecem propostas e ações para os diferentes resíduos gerados nos municípios paranaenses. “Por meio dos fóruns colocamos frente a frente os grandes geradores e os recicladores. Ou seja, muitas vezes o que é lixo para um, pode ser resíduo para outro”, diz o secretário Rasca Rodrigues.
Uma das instituições parceiras é o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Derivados de Petróleo e Lojas de Conveniência do Paraná (Sindicombustíveis-PR) que, juntamente com a Sema e o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), lançou o Programa Jogue Limpo para recolhimento de embalagens de óleo lubrificante. O programa coleta mensalmente quase 11 toneladas de embalagens em mais de 156 municípios paranaenses, nas regiões Norte, Oeste e Curitiba e RMC.
A meta é abranger todo o Estado, de acordo com o presidente do Sindicombustíveis-PR, Roberto Fregonese. “Assim, no Paraná as embalagens deixarão de ser um fator de risco para o meio ambiente e passarão a ser material para confecção de diversos produtos. Com esta cadeia produtiva sustentável estamos fazendo a nossa parte”, enfatizou.
O Programa Desperdício Zero também é responsável pelo Programa ‘Recicla ação’, desenvolvido em parceria com a empresa Tetra Pak; pelo Manual da Cozinha Alternativa para o reaproveitamento de alimentos; pelo lançamento da primeira campanha de recolhimento de vidro - em parceria com a Associação Brasileira de Vidros (ABIVIDRO); e também pelo monitoramento e destinação das garrafas “long neck”.
O Programa promoveu mais de 700 oficinas, formando multiplicadores para a montagem do aquecedor solar feito de garrafas pet e caixas de leite longa vida. O aquecedor ecológico resulta em economia de energia e ainda retira resíduos do meio ambiente.
Laerty Dudas, coordenador do Programa Desperdício Zero, considera que grande parte do problema da degradação ambiental é ocasionada pelo tratamento e disposição inadequados de resíduos.
Para ele, o avanço da indústria pós-consumo pode auxiliar na resolução de alguns passivos ambientais, como as embalagens tipo longa-vida. “O que a gente tem de entender é que a indústria pós-consumo depende da indústria de vibra virgem, pois uma alimenta a outra. Agora, a pós-consumo pode ajudar a resolver alguns passivos ambientais, como as embalagens de longa-vida, que estão entre os piores resíduos não reciclados”, avaliou o coordenador.
Ao todo, mais de 200 mil pessoas já foram capacitadas pelo programa Desperdício Zero para atuarem como agentes multiplicadores no processo de implantação da coleta seletiva municipal. O programa produziu diferentes publicações direcionadas aos municípios e empresas – entre elas a ‘Versão Verde’, material de 532 páginas, contendo informações sobre os diferentes tipos de resíduos, riscos à saúde, forma de coleta, processo e produtos resultantes da reciclagem.
Outra importante ação da Secretaria do Meio Ambiente é das oficinas de reciclagem de banners, transformados em bolsas e outros acessórios. A Secretaria recebe doações e oferece as oficinas nos municípios, que já garantiram a reutilização de mais de cinco mil metros quadrados de banners, transformados em sacolas e outros materiais.
Exemplo – Todas as instituições da administração pública estadual substituíram o tradicional papel branco usado em cartões, recibos, papéis timbrados, publicações, processos e embalagens, por exemplo, pelo produto reciclado. O decreto regulamentando a Lei 15.696, que dispõe sobre a utilização de materiais de expediente confeccionados em papel reciclado, foi sancionado em novembro do ano passado pelo governador Roberto Requião.
 
Fonte: Agência de notícias do Estado do Paraná

No Japão, colocar lixo na rua requer instruções

Enquanto no Brasil ainda são poucos os que pensam duas vezes antes de colocar uma garrafa PET no lixo, no Japão, reciclar é obrigatório --e complicado. Lá, cada prefeitura decide quantas categorias de lixo terá, e são ao menos cinco: de materiais incineráveis, não-incineráveis, garrafas PET, latas de metal e alumínio e vidros.
Na cidade de Yokohama, por exemplo, há dez tipos. Para livrar-se de uma garrafa PET é preciso lavar o interior, amassar e colocar em um saco plástico semitransparente, antes de deixar para a coleta. Rótulo e tampinha vão em um segundo saco, destinado a peças plásticas pequenas.
Parece complicado? Livrar-se de uma prateleira é muito pior. Se ela for de madeira e medir menos de 50 centímetros, entra na categoria de incineráveis. Se for maior, deve-se pedir à prefeitura que venha retirá-la. Se o lado mais comprido tiver até um metro, a taxa será de 1.000 ienes (aproximadamente R$ 16). Se for maior, de 1.500 ienes (cerca de R$ 24).
Sim, grande parte das cidades realmente têm manuais de instruções para os novatos, e os estrangeiros são os que mais sofrem. Em Komaki, onde há 11 categorias de lixo --algumas recolhidas só uma vez a cada duas semanas--, o transtorno fica evidente pelo número de idiomas que há no DVD com as explicações sobre cada lixo. São cinco: português, espanhol, inglês e chinês, além de japonês.
"É uma neurose. Eu morava em Hiroshima e, lá, são oito tipos de lixo. Só que alguns são recolhidos a cada duas semanas e, uma vez, não deu para guardar o lixo por uma semana. Eu coloquei na data errada, e os lixeiros não levaram. Todos os vizinhos sabiam que era o meu lixo que tinha ficado lá. Mudei agora para Kawasaki, onde há apenas três tipos de lixo. Estou no paraíso", conta o professor de inglês, Edelson Barbieri Finozzi, 41.
"Eu acho que separar o lixo é só uma questão de hábito. O problema é quando não estou em casa em dias de coleta de lixo incinerável, que contém restos de comida. Se perco o dia, fico com o lixo guardado dentro de casa por uma semana. Por isso, sempre penso na escala da coleta de lixo antes de marcar uma viagem", conta a engenheira de alimentos Fernanda Ushikubo, 27, que estuda no Japão.

Cultura da reciclagem
Para a engenheira ambiental Ana Paula Gomes Ferreira, 33, que vive em Okinawa há três anos e elabora uma tese de mestrado sobre utilização de energias renováveis, o sistema de coleta de lixo do Japão funciona por causa da "cultura de reciclagem" que foi criada durante anos. "Os japoneses aprendem a separar o lixo desde pequenos."
Ela afirma que a reciclagem minuciosa é necessária porque, no Japão, "falta espaço para tudo". Com o detalhamento dos materiais recicláveis, o Japão, que importa quase toda sua matéria-prima, pode reutilizá-la em vez de importá-la novamente, em sua totalidade. Outra vantagem é a potencialização da incineração. "Com a incineração, o volume de lixo gerado diminui, e os poucos aterros sanitários existentes duram muito mais."
Segundo um relatório divulgado pelo Ministério do Meio-Ambiente do Japão, em 2005, cerca de 80% das 53 milhões de toneladas de lixo doméstico geradas foram incineradas.
Para os preguiçosos, o Japão aponta uma saída: pagar. "Uma amiga mora em um prédio onde a maioria decidiu não separar o lixo. Desta forma, cada condômino paga 2.000 ienes [uns R$ 32] por mês para uma empresa que faz a separação", conta Ferreira.

Tempo de decomposição dos resíduos

Existem variações ao tempo de decomposição dos resíduos no ambiente.
De acordo com informações contidas no Portal Ambiente Brasil, temos:

  • Aço - mais de 100 anos

  • Alumínio - entre 200 a 500 anos

  • Cerâmica - tempo indeterminado

  • Chicletes - 5 anos

  • Corda de nylon - 30 anos

  • Embalagens Longa Vida (Tetrapak) - até 100 anos, devido ao alumínio

  • Embalagem Pet - mais de 100 anos

  • Esponjas - - tempo indeterminado

  • Filtro de cigarro - 5 anos

  • Isopor - tempo indeterminado

  • Louça - tempo indeterminado

  • Metais - cerca de 450 anos

  • Papel e papelão - no máximo 6 meses

  • Plástico - até 450 anos

  • Pneu - tempo indeterminado

  • Vidro - tempo indeterminado

  • Sacos e sacolinhas plásticas - mais de 100 anos


Projeto Recicla Quarteirão em Campos do Jordão

Entre setembro de 2007 até fevereiro de 2008, desenvolvi um projeto piloto no município de Campos do Jordão para reciclagem de resíduos no centro comercial da cidade - Vila Abernéssia.
Morando na cidade há cerca de 3 anos, verifiquei o descaso com o meio ambiente na cidade, ironia esta, pois a cidade é considerada uma APA (Área de Proteção Ambiental) e APP (Área de Proteção Permanente), além de se tratar de um Pólo Turistíco, onde os turistas se encantam com a riqueza ambiental e a biodiversidade existente na região, além de um clima extremanente puro.
O Projeto Recicla Quarteirão ocorreu por iniciativa própria, e com o auxílio de Ilan Goldstein (meu marido) para tentar sensibilizar a população local e as autoridades da cidade sobre a importância da reciclagem no município. Na época havia uma empresa privada que gerenciava os resíduos da cidade, e era responsável pela coleta de recicláveis em todo o município, porém tratava-se apenas de muita teoria e pouca, ou quase nenhuma prática. 
Inicialmente fui de loja em loja me apresentar e questionar se as empresas reciclavam o seu lixo, e para minha surpresa a maioria se demonstrou interessada, mas discrente devido ao não comprometimento da Prefeitura/Empresa Privada em estar coletando os resíduos conforme os dias pré estabelecidos. 
Com estas informações em mãos e inúmeras tentativas e cobranças a Secretaria de Meio Ambiente da cidade, resolvi fazer o trabalho que é de obrigação pública, e comecei a fazer um trabalho de Educação Ambiental, e orientação na forma adequada de separar e higienizar o lixo para a reciclagem. Após esta fase incial, comecei a coletar diariamente os resíduos recicléveis das empresas que aderiram o projeto, e fazia a segregação (separação) destes materiais em um galpão em casa no período da noite, até encaminhá-los a central de resíduos recicláveis no município.
Durante os 6 meses que ocorreu o projeto, não houve auxílio e nem apoio por parte de empresas públicas e/ou privadas, apenas empenho meu e do Ilan.
Quando finalizamos o projeto, chegamos a seguinte marca:
  •  27 empresas colaboraram com o projeto, reciclando seus resíduos;
  •  1.294 Kg de resíduos recicláveis, onde: 32 kg embalagens tetra pak, 213 kg papel, 807 kg papelão, 118 kg plástico, 481 kg metal e 43 kg de vidro.
O projeto se encerrou devido a dificuldade em gerenciar minha atividade profissional com o tempo destinado a executar este trabalho. Porém, foi extremanente enriquecedor as partes envolvidas, além de evitar que estes resíduos fossem destinados inadequadamente.

Para ajudar o planeta basta pouco, reciclando o seu lixo já é uma grande ajuda.