terça-feira, 23 de março de 2010

Índices da Reciclagem

Capitais em que há catadores nos lixões: 37,4%

Cidades com mais de 50 mil habitantes: 68,18%

Cidades com menos de 50 mil habitantes: 31,67%

Nas ruas

Capitais em que há catadores nas ruas: 66,67%

Cidades com mais de 50 mil habitantes: 63,64%

Cidades com menos de 50 mil habitantes: 31,67%

Lixões

Capitais com lixões: 25,93%

Cidades com mais de 50 mil habitantes (excluídas as capitais): 72,73%

Cidades com menos de 50 mil habitantes: 66,67%

Fonte: UNICEF

Lixo vira arte na exposição “Memória Seletiva: Objetos Descartados em Nova Função”, no Rio de Janeiro

Até sexta-feira, dia 26, o espaço EBA7, da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, recebe a exposição “Memória Seletiva: Objetos Descartados em Nova Função”, de Leonardo Leoni.
O aluno recém-formado pela Escola de Belas Artes explicou que a idéia de usar o lixo surgiu da dificuldade em conseguir os materiais para a elaboração dos projetos da faculdade. “O material era muito caro, então fui adaptando. Não tinha certa tinta, eu usava pigmento, terra, cola. Assim, acabei estudando um pouco mais sobre essa questão da ‘cozinha’ da pintura. Dentro das próprias aulas, em Teoria da Pintura, aprendemos a elaboração dos materiais”, disse.
Na primeira exposição individual do artista a matéria prima utilizada vai desde telhas e madeiras ao papelão. Cada objeto exigiu de Leoni uma técnica específica. Nas telhas, ele usou a raspagem e a fuligem de vela foi utilizada com outros materiais.
Sobre sua arte, Leoni afirmou: “Na verdade, não transformo o material em outro. Apenas obedeço ao que ele tem a me oferecer ali, modificando o juízo de valores que as pessoas dão. Era lixo, mas agora é arte”, concluiu.

Fonte: AmbienteBrasil



domingo, 21 de março de 2010

Bitucas de cigarro podem ser recicladas, alerta campanha lançada em Curitiba (PR)

Uma campanha lançada em Curitiba, no Paraná, está chamando a atenção para a necessidade de um plano de gerenciamento de resíduos produzidos pelos consumidores de cigarros. Em outubro de 2009, oito empresas foram notificadas pelo Ministério Público do Paraná.
Com o título "Bituca no chão, apague esta ideia", uma das empresas notificadas está promovendo ações de educação ambiental com foco em seus consumidores. Os fumantes estão sendo alertados sobre os problemas decorrentes do descarte do resíduo em local inapropriado.
Somente em Curitiba são produzidas dezenas de toneladas de rejeitos de cigarros todos os anos. Este material, quando separado, pode ser transformado em papel e tecido, deixando de sobrecarregar os aterros sanitários.
"Trata-se de resíduo contaminado e, como tal, os fabricantes têm responsabilidade sobre sua correta destinação. As empresas estão apresentando os planos de gerenciamento, que serão analisados pelo Ministério Público, e haverá acompanhamento para saber da sua efetiva implementação", explicou o coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Proteção ao Meio Ambiente, Saint-Clair Honorato Santos.

Fonte: Ambiente Brasil

Coleta de lixo em São Luís/MA está interrompida há mais de uma semana


1 kg de lixo incomoda muita gente, toneladas de lixo incomodam muito mais. Este é o lema que os moradores de São Luís no Maranhão têm passado há mais de uma semana, tudo isso, porque a coleta de lixo na cidade foi interrompida e são toneladas de sujeiras se acumulando nas ruas.

Todo o problema teve inicio numa briga entre a prefeitura e uma empresa contratada, que interrompeu a coleta do lixo em 140 bairros. Os responsáveis pela empresa de coleta alegaram que não estavam recebendo pelo serviço e dizem que só irão retomar a coleta depois que o município pagar o que deve. "Essa dívida hoje gira em torno, aproximadamente, de R$ 12 milhões, sem contar com a multa da rescisão contratual com a prefeitura", afirma o advogado Manoel Felinto. Já a prefeitura por sua vez suspendeu o contrato com a empresa. "O contrato foi rompido porque estava sendo maculado o interesse público. A empresa não estava atendendo aos requisitos do contrato, portanto, a administração pública tinha o direito de agir", diz o procurador do município Francisco Coelho Filho.

Enquanto existe a discussão das partes envolvidas a sujeira toma conta das ruas históricas, das praias. Está na porta das igrejas e nas praças da capital maranhense. E é a população que sofre com o descaso.

Em média a cada dia, mais de 1,2 mil toneladas de lixo ficam acumuladas pelas ruas de São Luís. E a população arruma alternativas para lidar com o problema sendo obrigada a recorrer aos carroceiros que fazem o serviço que é da prefeitura.

Somente havendo paralisação deste serviço extremamente importante a sociedade, para que ela se dê conta do quão importante é o cuidado com o lixo. Se a população em sua maioria tivesse o hábito de reciclar estes números seriam menores, e teriam possibilidade de localizar empresas, coorporativas e agentes ambientais que se interessassem pela retirada de seu lixo.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Quantia de lixo descarta na Terra

A matemática do lixo é infinita, nunca acaba, e a cada segundo, milésimo de segundo esta soma aumenta. Veja abaixo alguns números de descarte de lixo no mundo:

1 segundo - 1.000 toneladas (mil toneladas)
1 minuto - 60.000 toneladas (sessenta mil toneladas)
1 hora - 3.600.000 toneladas (três milhões e seiscentas mil toneladas)
1 dia - 86.400.000 toneladas (oitenta e seis milhões e quatrocentas mil toneladas)
1 mês - 2.592.000.000 toneladas (dois bilhões e quinhentos e noventa e dois milhões de toneladas)
1 ano - 31.104.000.000 toneladas (trinta e um bilhões e cento e quatro milhões de toneladas) 

O problema é que este lixo na grande maioria das vezes não é descartado no local adequado.
Reveja seu conceito.
Recicle!

Alguns dados do lixo nos EUA

São descartados nos EUA:

  • 106 mil latas de alumínio em 30 segundos
  • 1 milhão de copos descartáveis jogados a cada 6 horas em vôos comerciais
  • 60 mil sacolas plásticas a cada 5 segundos
  • 2 milhões de garrafas pet a cada 5 minutos
  • 426 mil celulares saem de circulação por dia
A degradação ambiental é resultado do efeito cumulativo das ações de cada um de nós...
Por isso, a solução tambem está em cada um de nós.
Colabore com o planeta!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Setor químico defende o uso das sacolas plásticas, já o governo e supermercados desestimulam o uso

Demorou, mas as grandes redes de supermercados estão tendo atitudes decisivas no uso das sacolas plásticas no Brasil.
A rede de supermercados Walmart lançou nesta sexta-feira (12) um programa de caixas preferenciais e descontos simbólicos ao consumidor que utilize sacolas retornáveis. Para cada sacola plástica que o cliente deixar de usar ou cinco itens adquiridos (quantidade média de produtos embalados em uma sacola, segundo estudo do Instituto Akatu), será dado R$ 0,03 de desconto (valor este que corresponde ao custo unitário de cada sacola). Sendo assim, numa compra de 200 itens, o cliente ganhará R$ 1,20. O projeto é ainda piloto, tendo apenas três lojas na campanha, mas a previsão é de atingir todas as 436 unidades da rede em dois meses.
Outra empresa que aderiu a idéia do NÃO as sacolas plásticas em evento com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, nesta segunda-feira (15) foi à rede de supermercados Carrefour que prometeu oficialmente que interromperia em quatro anos o uso de sacolas plásticas.
Estas iniciativas têm gerado discussão com o setor químico, que discorda das ações. O engenheiro químico Francisco de Assis Esmeraldo, presidente da Plastvida Instituto Socioambiental dos Plásticos - entidade que representa institucionalmente o setor - afirmou que o uso das sacolas plásticas não pode ser proibido. "Não há alternativas consistentes para substituir as sacolas plásticas, que são reutilizáveis e 100% recicláveis". Ele afirmou, ainda assim, ser a favor das sacolas retornáveis e das sacolas biodegradáveis, mas que a opção deve ser sempre do consumidor, até porque muitos as utilizam como saco de lixo. Além disso, defende que o produto seja utilizado de forma consciente e que sejam seguidas as normas técnicas ABNT para sacolas de qualidade, para evitar o desperdício.
Eu, como gestora ambiental e ambientalista, discordo dos argumentos levantados pelo Engenheiro Químico sobre não haver alternativas consistentes, alternativas já existem, até por que antes não haviam sacolas plásticas e a sociedade vivia sem maiores problemas. E por que não dizer nos dias de hoje, as sacolas ecológicas ou ecobags que a cada dia são mais modernas e resistentes. Afinal, ela pode ser reutilizada infinita vezes.
Outra alternativa seriam as caixas de papelão que chegam os produtos, alguns supermercados já adotam essa prática, até por que o tempo de decomposição deste material na natureza é incomparável em relação ao plástico.

Carlos Minc anunciou que desde o início da campanha Saco é um Saco, em 5 de junho de 2009, Dia Mundial do Meio Ambiente, o brasileiro deixou de utilizar de 600 milhões a 800 milhões de sacolas plásticas. O Brasil utiliza cerca de 12 bilhões de sacolas plásticas tradicionais por ano, segundo estimativa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Soluções estão aparecendo para combater o problema das sacolas plásticas no mundo, basta que cada cidadão faça a sua parte. Assim, 200 diferentes espécies marinhas, incluindo baleias, golfinho e tartarugas poderão tirar de seu cardápio as maléficas sacolas plásticas.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Madeira Plástica

Madeira plástica  a depender das cargas que lhe são adicionadas é um material composto produto de reciclo de polímeros, inclusive do lixo, em especial o polietileno de alta densidade adicionado de outros materiais, tais como serragem de madeira, carbonato de cálcio, caulim, pigmentos e plastificante, além de algum teor se conveniente de polietileno de baixa densidade, e conforme novas tecnologias, poliestireno, conforme as propriedades finais de resistência a flexão, compressão, rigidez ou flexibilidade que sejam desejadas.
Nasce e desenvolve-se como produto da preocupação com a responsabilidade com o meio ambiente, com o crescimento da reciclagem de materiais, visando substituir madeira em diversos fins (objetos externos, expostos à intempéries, ou internos, sob umidade alta), como bancos de praça, instalações para lixo, cobertura de pontes, escadas, corrimãos, guardas de sacadas, estrados para a criação de animais na pecuária, como os porcos, decks de piscinas e outros, dormentes de trilhos de trens e metrôs e pallets para transporte e armazenamento de mercadorias, ou mesmo o ferro fundido em aplicações urbanas e sanitárias, como tampas de instalações subterrâneas, "bocas de lobo" de esgotos pluviais. Pode ainda ser usado para móveis escolares, construções diversas na indústria onde substitua adequadamente a madeira ou metal.

Propriedades
Apresenta vantagens em relação a determinadas propriedades da madeira (e inclusive de metais), independendo nestas inclusive o cargueamento, que lhe confere outras propriedades específicas.
Resistente à corrosão, podendo ser exposta a sol, chuva, poeira, manter contato com o solo.
É imune à pragas, como cupins, insetos e roedores; não mofa, não cria fungos e não absorve umidade.
Não forma farpas, não racha, nem empena pelo secamento ou envelhecimento.
Não necessita ser pintada, é pigmentada com diversos tipos de pigmentos e materiais corantes em diversas cores e texturas adequadas a diversas aplicações..
Visualmente, pode ser identica a madeira convencional
Substitui madeiras raras (Maçaranduba) em determinadas aplicações.
Quanto a praticidade de seu uso e aplicações, temos:
Livre de manutenção e pintura
Aplicação com ferramentas da madeira
Maior agarre a pregos e parafusos, não apresentando, por exemplo, as rachaduras quando nela penetram pregos ou parafusos, pois não possui uma orientação de "fibras" como da madeira.
Limpeza feita com água e sabão.

Técnicas de uso
Madeira plástica pode ser comprada como madeira convencional e trabalhada com as mesmas ferramentas. Possui flexibilidade variável pela composição e permite um melhor agarre a pregos e maior facilidade para o corte e entalhe.

Política de resíduos sólidos reduziu volume de lixo em aterros sanitários do Paraná

Reduzir em 30% as 20 mil toneladas de lixo geradas diariamente no Paraná tem sido a principal meta da política de resíduos sólidos implantada pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema) e suas autarquias – Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Instituto Paranaense das Águas/ Suderhsa.
Por meio do Programa Desperdício Zero, todos os grandes geradores e fabricantes de resíduos (como pilhas, baterias, pneus, vidros, entre outros) foram reunidos em fóruns setoriais e passaram a discutir formas de reciclagem, reaproveitamento e recolhimento dos produtos que disponibilizam no mercado.
“Algumas iniciativas encampadas pelo Paraná para reduzir o volume de lixo destinado aos aterros sanitários, aumentando sua vida útil, são pioneiras no Brasil”, declara o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues.
O Paraná foi o primeiro estado brasileiro a polemizar a discussão sobre os danos da sacola plástica e estimular o uso de sacolas retornáveis nas principais redes de supermercados. O Governo do Paraná também é o único que promove a coleta e a reciclagem do óleo de cozinha - garantindo o recolhimento de 10 mil litros de óleo mensalmente, em mais de mil pontos de recolhimento.
E como grande produtor agrícola, o Paraná trabalhou para alcançar a primeira colocação nacional, proporcionalmente, em número de embalagens de agrotóxicos recolhidas, sendo que há sete anos encontrava-se na 9ª posição. “Hoje, somos o estado pioneiro em recolhimento de embalagens de agrotóxicos, e os agricultores as entregam somente após a tríplice lavagem do produto, evitando qualquer tipo de contaminação”, explica o presidente da Suderhsa, João Samek. A Suderhsa é responsável pela campanha e também pela orientação técnica em projetos para construção de aterros sanitários, por meio da diretoria de saneamento ambiental.
Mais ações – O Programa Desperdício Zero conta hoje com mais de uma centena de instituições parceiras que constituem os Fóruns Setoriais dos fabricantes de pneus, lâmpadas, pilhas, baterias, vidro, embalagens de agrotóxicos, entre outros. Os fóruns estabelecem propostas e ações para os diferentes resíduos gerados nos municípios paranaenses. “Por meio dos fóruns colocamos frente a frente os grandes geradores e os recicladores. Ou seja, muitas vezes o que é lixo para um, pode ser resíduo para outro”, diz o secretário Rasca Rodrigues.
Uma das instituições parceiras é o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Derivados de Petróleo e Lojas de Conveniência do Paraná (Sindicombustíveis-PR) que, juntamente com a Sema e o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), lançou o Programa Jogue Limpo para recolhimento de embalagens de óleo lubrificante. O programa coleta mensalmente quase 11 toneladas de embalagens em mais de 156 municípios paranaenses, nas regiões Norte, Oeste e Curitiba e RMC.
A meta é abranger todo o Estado, de acordo com o presidente do Sindicombustíveis-PR, Roberto Fregonese. “Assim, no Paraná as embalagens deixarão de ser um fator de risco para o meio ambiente e passarão a ser material para confecção de diversos produtos. Com esta cadeia produtiva sustentável estamos fazendo a nossa parte”, enfatizou.
O Programa Desperdício Zero também é responsável pelo Programa ‘Recicla ação’, desenvolvido em parceria com a empresa Tetra Pak; pelo Manual da Cozinha Alternativa para o reaproveitamento de alimentos; pelo lançamento da primeira campanha de recolhimento de vidro - em parceria com a Associação Brasileira de Vidros (ABIVIDRO); e também pelo monitoramento e destinação das garrafas “long neck”.
O Programa promoveu mais de 700 oficinas, formando multiplicadores para a montagem do aquecedor solar feito de garrafas pet e caixas de leite longa vida. O aquecedor ecológico resulta em economia de energia e ainda retira resíduos do meio ambiente.
Laerty Dudas, coordenador do Programa Desperdício Zero, considera que grande parte do problema da degradação ambiental é ocasionada pelo tratamento e disposição inadequados de resíduos.
Para ele, o avanço da indústria pós-consumo pode auxiliar na resolução de alguns passivos ambientais, como as embalagens tipo longa-vida. “O que a gente tem de entender é que a indústria pós-consumo depende da indústria de vibra virgem, pois uma alimenta a outra. Agora, a pós-consumo pode ajudar a resolver alguns passivos ambientais, como as embalagens de longa-vida, que estão entre os piores resíduos não reciclados”, avaliou o coordenador.
Ao todo, mais de 200 mil pessoas já foram capacitadas pelo programa Desperdício Zero para atuarem como agentes multiplicadores no processo de implantação da coleta seletiva municipal. O programa produziu diferentes publicações direcionadas aos municípios e empresas – entre elas a ‘Versão Verde’, material de 532 páginas, contendo informações sobre os diferentes tipos de resíduos, riscos à saúde, forma de coleta, processo e produtos resultantes da reciclagem.
Outra importante ação da Secretaria do Meio Ambiente é das oficinas de reciclagem de banners, transformados em bolsas e outros acessórios. A Secretaria recebe doações e oferece as oficinas nos municípios, que já garantiram a reutilização de mais de cinco mil metros quadrados de banners, transformados em sacolas e outros materiais.
Exemplo – Todas as instituições da administração pública estadual substituíram o tradicional papel branco usado em cartões, recibos, papéis timbrados, publicações, processos e embalagens, por exemplo, pelo produto reciclado. O decreto regulamentando a Lei 15.696, que dispõe sobre a utilização de materiais de expediente confeccionados em papel reciclado, foi sancionado em novembro do ano passado pelo governador Roberto Requião.
 
Fonte: Agência de notícias do Estado do Paraná

No Japão, colocar lixo na rua requer instruções

Enquanto no Brasil ainda são poucos os que pensam duas vezes antes de colocar uma garrafa PET no lixo, no Japão, reciclar é obrigatório --e complicado. Lá, cada prefeitura decide quantas categorias de lixo terá, e são ao menos cinco: de materiais incineráveis, não-incineráveis, garrafas PET, latas de metal e alumínio e vidros.
Na cidade de Yokohama, por exemplo, há dez tipos. Para livrar-se de uma garrafa PET é preciso lavar o interior, amassar e colocar em um saco plástico semitransparente, antes de deixar para a coleta. Rótulo e tampinha vão em um segundo saco, destinado a peças plásticas pequenas.
Parece complicado? Livrar-se de uma prateleira é muito pior. Se ela for de madeira e medir menos de 50 centímetros, entra na categoria de incineráveis. Se for maior, deve-se pedir à prefeitura que venha retirá-la. Se o lado mais comprido tiver até um metro, a taxa será de 1.000 ienes (aproximadamente R$ 16). Se for maior, de 1.500 ienes (cerca de R$ 24).
Sim, grande parte das cidades realmente têm manuais de instruções para os novatos, e os estrangeiros são os que mais sofrem. Em Komaki, onde há 11 categorias de lixo --algumas recolhidas só uma vez a cada duas semanas--, o transtorno fica evidente pelo número de idiomas que há no DVD com as explicações sobre cada lixo. São cinco: português, espanhol, inglês e chinês, além de japonês.
"É uma neurose. Eu morava em Hiroshima e, lá, são oito tipos de lixo. Só que alguns são recolhidos a cada duas semanas e, uma vez, não deu para guardar o lixo por uma semana. Eu coloquei na data errada, e os lixeiros não levaram. Todos os vizinhos sabiam que era o meu lixo que tinha ficado lá. Mudei agora para Kawasaki, onde há apenas três tipos de lixo. Estou no paraíso", conta o professor de inglês, Edelson Barbieri Finozzi, 41.
"Eu acho que separar o lixo é só uma questão de hábito. O problema é quando não estou em casa em dias de coleta de lixo incinerável, que contém restos de comida. Se perco o dia, fico com o lixo guardado dentro de casa por uma semana. Por isso, sempre penso na escala da coleta de lixo antes de marcar uma viagem", conta a engenheira de alimentos Fernanda Ushikubo, 27, que estuda no Japão.

Cultura da reciclagem
Para a engenheira ambiental Ana Paula Gomes Ferreira, 33, que vive em Okinawa há três anos e elabora uma tese de mestrado sobre utilização de energias renováveis, o sistema de coleta de lixo do Japão funciona por causa da "cultura de reciclagem" que foi criada durante anos. "Os japoneses aprendem a separar o lixo desde pequenos."
Ela afirma que a reciclagem minuciosa é necessária porque, no Japão, "falta espaço para tudo". Com o detalhamento dos materiais recicláveis, o Japão, que importa quase toda sua matéria-prima, pode reutilizá-la em vez de importá-la novamente, em sua totalidade. Outra vantagem é a potencialização da incineração. "Com a incineração, o volume de lixo gerado diminui, e os poucos aterros sanitários existentes duram muito mais."
Segundo um relatório divulgado pelo Ministério do Meio-Ambiente do Japão, em 2005, cerca de 80% das 53 milhões de toneladas de lixo doméstico geradas foram incineradas.
Para os preguiçosos, o Japão aponta uma saída: pagar. "Uma amiga mora em um prédio onde a maioria decidiu não separar o lixo. Desta forma, cada condômino paga 2.000 ienes [uns R$ 32] por mês para uma empresa que faz a separação", conta Ferreira.

Tempo de decomposição dos resíduos

Existem variações ao tempo de decomposição dos resíduos no ambiente.
De acordo com informações contidas no Portal Ambiente Brasil, temos:

  • Aço - mais de 100 anos

  • Alumínio - entre 200 a 500 anos

  • Cerâmica - tempo indeterminado

  • Chicletes - 5 anos

  • Corda de nylon - 30 anos

  • Embalagens Longa Vida (Tetrapak) - até 100 anos, devido ao alumínio

  • Embalagem Pet - mais de 100 anos

  • Esponjas - - tempo indeterminado

  • Filtro de cigarro - 5 anos

  • Isopor - tempo indeterminado

  • Louça - tempo indeterminado

  • Metais - cerca de 450 anos

  • Papel e papelão - no máximo 6 meses

  • Plástico - até 450 anos

  • Pneu - tempo indeterminado

  • Vidro - tempo indeterminado

  • Sacos e sacolinhas plásticas - mais de 100 anos


Projeto Recicla Quarteirão em Campos do Jordão

Entre setembro de 2007 até fevereiro de 2008, desenvolvi um projeto piloto no município de Campos do Jordão para reciclagem de resíduos no centro comercial da cidade - Vila Abernéssia.
Morando na cidade há cerca de 3 anos, verifiquei o descaso com o meio ambiente na cidade, ironia esta, pois a cidade é considerada uma APA (Área de Proteção Ambiental) e APP (Área de Proteção Permanente), além de se tratar de um Pólo Turistíco, onde os turistas se encantam com a riqueza ambiental e a biodiversidade existente na região, além de um clima extremanente puro.
O Projeto Recicla Quarteirão ocorreu por iniciativa própria, e com o auxílio de Ilan Goldstein (meu marido) para tentar sensibilizar a população local e as autoridades da cidade sobre a importância da reciclagem no município. Na época havia uma empresa privada que gerenciava os resíduos da cidade, e era responsável pela coleta de recicláveis em todo o município, porém tratava-se apenas de muita teoria e pouca, ou quase nenhuma prática. 
Inicialmente fui de loja em loja me apresentar e questionar se as empresas reciclavam o seu lixo, e para minha surpresa a maioria se demonstrou interessada, mas discrente devido ao não comprometimento da Prefeitura/Empresa Privada em estar coletando os resíduos conforme os dias pré estabelecidos. 
Com estas informações em mãos e inúmeras tentativas e cobranças a Secretaria de Meio Ambiente da cidade, resolvi fazer o trabalho que é de obrigação pública, e comecei a fazer um trabalho de Educação Ambiental, e orientação na forma adequada de separar e higienizar o lixo para a reciclagem. Após esta fase incial, comecei a coletar diariamente os resíduos recicléveis das empresas que aderiram o projeto, e fazia a segregação (separação) destes materiais em um galpão em casa no período da noite, até encaminhá-los a central de resíduos recicláveis no município.
Durante os 6 meses que ocorreu o projeto, não houve auxílio e nem apoio por parte de empresas públicas e/ou privadas, apenas empenho meu e do Ilan.
Quando finalizamos o projeto, chegamos a seguinte marca:
  •  27 empresas colaboraram com o projeto, reciclando seus resíduos;
  •  1.294 Kg de resíduos recicláveis, onde: 32 kg embalagens tetra pak, 213 kg papel, 807 kg papelão, 118 kg plástico, 481 kg metal e 43 kg de vidro.
O projeto se encerrou devido a dificuldade em gerenciar minha atividade profissional com o tempo destinado a executar este trabalho. Porém, foi extremanente enriquecedor as partes envolvidas, além de evitar que estes resíduos fossem destinados inadequadamente.

Para ajudar o planeta basta pouco, reciclando o seu lixo já é uma grande ajuda.



     

quarta-feira, 10 de março de 2010

CAMPOS DO JORDÃO – ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DO LIXO?

No dia 26 de junho de 1984 o município de Campos do Jordão, foi declarado como Área de Proteção Ambiental (APA) conforme Lei nº 4.105. A APA de Campos do Jordão está localizada na Serra da Mantiqueira - uma área extremamente rica devido a sua grande biodiversidade – fazendo parte de um conjunto de áreas protegidas pelo Estado e pelo Governo Federal para garantir a proteção de importantes ecossistemas da Mata Atlântica e os recursos hídricos.
A APA de Campos do Jordão trata-se de uma região caracterizada por uma vasta cobertura vegetal de transição entre a Mata de Araucárias e a Mata Atlântica. A primeira é um tipo de vegetação que é encontrado na Região Sul e nos pontos de relevo mais elevado na Região Sudeste, esta vegetação se desenvolve em regiões que apresentam invernos rigorosos e verões quentes com índices pluviométricos relativamente elevados e bem distribuídos durante todo o ano. Essa cobertura vegetal foi muito abundante no passado, atualmente no Brasil restaram pouquíssimas áreas preservadas e o município de Campos do Jordão é uma área privilegiada por possuir muitos hectares desta vegetação. Já o segundo tipo de mata é considerado o bioma mais devastado, chegando hoje a apenas 7% de sua área original, este tipo de vegetação já chegou a ocupar 15% de todo o território nacional. Apesar da intensa devastação, ainda abriga uma grande quantidade de espécies da fauna e da flora possuindo mais de 6 mil exemplares de plantas endêmicas, 160 espécies de mamíferos e 253 de anfíbios identificados e catalogados. Muitos dos animais ameaçados de extinção no país pertencem a esse ecossistema que vem sofrendo exploração desde a época colonial.
Campos do Jordão por ter um clima diferenciado, e por possuir o título de “Jardim do Brasil” precisa também ser referência na questão do LIXO. Em média cada pessoa descarta de 1 a 2 Kg de lixo por dia, e um número muito pequeno destes resíduos é reciclado. Mas antes de pensarmos em reciclar é interessante entendermos e fazermos o exercício dos 3 R´s: Reduzir e repensar – se o produto que estamos adquirindo ou se o excesso de embalagens são realmente necessários?; Reutilizar – antes de encaminharmos os resíduos para a coleta seletiva, e consequentemente ser reciclado, podemos aumentar a vida útil daqueles resíduos para outras finalidades, exemplo construção de cadeiras com pneus, revistas em enfeites, garrafas pets em brinquedos, entre tantos outros, e finalmente, Reciclar – utilizar o resíduo como matéria-prima, incorporando ou não no processo produtivo. Quando fazemos isso trazemos muitos benefícios não somente a natureza, mas para a sociedade e economia. Além de que, quando encaminhamos nosso lixo para o local adequado evitamos contaminar a fonte mais importante para nossa sobrevivência: a ÁGUA, recurso tão rico em Campos do Jordão e que infelizmente não é respeitado. Parece até uma controvérsia uma APA esquecer de coisas tão importantes. Para Campos do Jordão e toda a Serra da Mantiqueira continuar a ser um lugar tão privilegiado e uma APA precisamos pensar na natureza como um todo, e cuidar de uma parte de você, seu lixo. Pense seu lixo é mais limpo que o meu, então cuide dele!

História da reciclagem

Engana-se aqueles que pensam que a reciclagem é um conceito moderno, introduzido em nossas vidas com a vinda do movimento ambiental no início da década de 70. De acordo com estudiosos, a reciclagem faz parte da vida do homem há milhares de anos.
Antes da Revolução Industrial, as pessoas não conseguiam produzir seus produtos com baixo custo e rapidamente, assim, todos praticavam a reciclagem de alguma forma. Era raro programas de reciclagem em larga escala, devido ao seu alto custo. Eram os moradores das casas, em sua maioria que praticavam a reciclagem.
Já com a chegada da era Industrial, com produção em massa foi, de muitas formas, a razão básica pela qual precisamos nos preocupar com a reciclagem em larga escala. Quando os produtos podem ser produzidos e comprados muito baratos, geralmente faz mais sentido econômico simplesmente jogar fora itens antigos e comprar outros novinhos em folha. Essa cultura de bens "descartáveis", porém, criou inúmeros problemas ambientais, que discutiremos futuramente.
Nas décadas de 30 e 40, a conservação e a reciclagem se tornaram importantes na sociedade dos EUA e em muitas outras partes do mundo. Depressões econômicas fizeram da reciclagem uma necessidade para muitas pessoas sobreviverem, já que elas não podiam pagar por bens novos. Na década de 40, produtos como o náilon, a borracha e muitos metais eram racionados e reciclados para ajudar a suportar o esforço da guerra. A explosão econômica dos anos pós-guerra, porém, causou o fim do conservacionismo da consciência dos EUA [fonte: Hall]. Não foi antes do movimento ambiental das décadas de 60 e 70, preconizado pelo primeiro Dia da Terra (em inglês), em 1970, que a reciclagem novamente se tornou uma idéia corrente. Apesar da reciclagem ter sofrido alguns anos de baixa (por causa da aceitação do público e do mercado de bens reciclados estagnado), de modo geral ela aumentou ano após ano [fonte: Hall]. O sucesso da reciclagem se deve à aceitação do grande público, ao crescimento da economia da reciclagem e às leis que exigem coletas recicladas ou forçam o conteúdo reciclado em determinados processos de manufatura.