quarta-feira, 28 de abril de 2010

Carvão feito de lixo é realidade na Europa

Desde julho de 1997, já está em funcionamento, na Alemanha, uma usina que processa 140.000 toneladas de lixo por ano e produz, concomitantemente, combustível, a partir da biomassa.
Trata-se da Tecnologia de Reprocessamento de Combustível que, além da Alemanha e Itália (Veneza), já em pleno funcionamento, tem outras usinas sendo construídas também na Bélgica e na própria Alemanha, que deverão estar operando a partir de 2005.
Não tenho dúvidas em afirmar que, conforme estas usinas sejam instaladas pelo Mundo, aos poucos vamos nos livrar dos terríveis "lixões", graves focos de proliferação de doenças que chegam até a atrapalhar o turismo, por incrível que pareça. Em Israel, por exemplo, há poucos anos, um amigo de lá brincou comigo quando passávamos em frente a uma verdadeira montanha de lixo – que eles chamam de algo parecido com o "Monte da Vergonha" - fechando as janelas do carro, por causa do cheiro, e mostrando-me a bela paisagem do outro lado da estrada, tentando me despistar.
E é assim por todo o planeta, inclusive no Brasil, com algumas exceções.
Por aqui, poucos governos têm mostrado firme preocupação em realmente evoluir nesta área. Em recente declaração a Ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, afirmou que dará prioridade ao problema este ano. Mas como lixo é diretamente um problema municipal, cabe às prefeituras buscarem as soluções. E como quase todas estão sem capacidade financeira e muitas sem capacidade administrativa e gerencial, com muitos prefeitos sem possibilidades de montarem equipes eficientes, o problema só tende a se agravar.
O governo mineiro é dos poucos que tenta avançar na questão, dando prazo até 30 de julho deste ano para que centenas de prefeituras se enquadrem nas diretrizes básicas estabelecidas pelo Conselho Estadual de Política Ambiental para gerenciamento dos seus "lixões".
Bem que se poderia começar a pensar grande no Brasil e, ao invés de paliativos, partirmos logo para a implantação de tecnologias que acabem com depósitos de lixo a céu aberto e passem a gerar energia limpa, como nesse processo bem testado e em funcionamento.
Nesse conceito, lixo não é mais lixo, mas matéria-prima que será convertida em combustível "verde" após seu processamento em quatro etapas.
Primeiro o lixo é secado, por processo biológico, depois devidamente separado, recebe alguns aditivos e finalmente é prensado.
No processamento biológico de secagem, o que não pode ficar é removido e o remanescente fica quase totalmente isento de umidade. Depois o lixo é colocado em recipientes específicos. Todos os materiais inertes (pedra, vidro, areia, ferro, metais não-ferrosos e baterias) são separados para futuro reprocessamento ou reciclagem. O lixo separado e seco é, então, reduzido a pó. O pó é misturado com produtos da biomassa e com aditivos específicos, dependendo da sua utilização final. A massa combustível é prensada em paletas de tamanhos diferentes, também dependendo do uso final.
Hoje em dia, com as possibilidades inclusive de comercialização dos chamados "créditos de carbono", pode-se pensar em projetos desta espécie que juntem na negociação, por exemplo, uma empresa nacional, uma ou mais prefeituras, uma empresa internacional detentora da tecnologia e um governo estrangeiro que se interesse pelos "créditos de carbono". Os governos da Europa Ocidental, através de esforços para a implantação de tecnologias como esta, mostram que querem cumprir os prazos para se adequarem ao Protocolo de Kioto, que estabelece prazos e objetivos claros na busca de melhoria da qualidade ambiental, e devem ser procurados.
Mas com as condições favoráveis que já temos no Brasil, certamente há empresas estrangeiras prontas a estudarem propostas para aqui investirem nesta área, administrando o lixo de cidades em troca de poderem processá-lo.
Além de todas as vantagens já citadas, esta tecnologia traria outras, super-significativas, não só para Minas Gerais mas para todas as regiões do Brasil onde se planta eucalipto - e sabemos a que custo ambiental – para produção do carvão que é utilizado na mineração.
As consequências sociais, pessoais, financeiras e patrimoniais para todos os que tratam mal os ambientes estão se agravando de forma firme e acelerada. E já não se admite facilmente a irresponsabilidade social.

Fonte: Jornal Estado de Minas

terça-feira, 27 de abril de 2010

Arte em lixo - exposição Chris Jordan

Olhe de longe. Agora olhe de perto. Com esse jogo de cena, o fotógrafo americano Chris Jordan aproveita para chamar a atenção para os milhões de objetos que se acumulam no planeta, bem distante do alcance dos seus olhos
Até parece uma pintura. Mas é só chegar perto da imagem para ver que ela é inteiramente feita de latinhas. Ao todo, foram fotografadas 106 mil latas de alumínio, a mesma quantidade que é jogada no lixo nos EUA a cada 30 segundos. Obra de arte do fotógrafo americano Chris Jordan, autor deste ensaio sobre o desperdício na sociedade de consumo americana.

sábado, 24 de abril de 2010

Justiça manda prefeitura universalizar coleta seletiva de lixo na cidade de São Paulo

A prefeitura de São Paulo tem o prazo de um ano para universalizar a coleta seletiva de lixo no município, segundo determinação do juiz Luiz Fernando de Barros Vidal, da 3ª Vara da Fazenda Pública da Capital. A decisão é resultado de uma ação movida pela Defensoria Pública motivada pelas organizações da sociedade civil.
Entre as entidades está o Instituto Gea, uma organização da sociedade civil de interesse público. Segundo a coordenadora de projetos do instituto, Araci Musolino, o envolvimento do Poder Público é fundamental para a implementação de um programa de reciclagem de lixo na cidade. “ O programa de reciclagem não vai conseguir se universalizar se não fizer parte de uma política pública”, defendeu.
Segundo a prefeitura, a capital paulista coletou, por meio do programa de coleta seletiva, cerca de 103 toneladas por dia em 2009, 7% do resíduos passíveis de reciclagem. A quantidade é considerada pequena por Araci Musolino, que citou a cidade de Londrina (PR), onde são aproveitados 25% dos materiais que podem ser reciclados.
O sucesso do projeto da cidade paraense está, segundo ela, na gestão descentralizada, integrada e em parceria com as cooperativas de catadores. “A questão toda é o modelo que foi implantado. As cooperativas assumem as regiões da cidade. E a prefeitura dá a infraestrutura para fazer a conscientização da comunidade”.
Musolino ressalta que devido as particularidades da capital paulista, não se pode simplesmente copiar um modelo adotado em outro lugar, mas é possível aproveitar as ideias e as diretrizes para construir um programa amplo e específico o município de São Paulo.

Fonte: Daniel Mello/ Agência Brasil

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Arte em pneus

A organização não governamental Arte em Pneus visa a consciência ecológica para preservação do meio ambiente através de oficinas de reutilização de pneus e materiais emborrachados.
Com Início das atividades de facilitação de tecnologias artesanais em 2001 e fundamento em 2006, Arte em Pneus é uma associação civil sem fins lucrativos, com reconhecimento da Secretaria do Trabalho, Secretaria Municipal de Assistência de Desenvolvimento Social (SMADS), Secretaria do Meio Ambiente e Secretaria da Agricultura.
A Associação Arte em Pneus transforma pneus usados em Linhas de Ecoprodutos, como ecomobiliários, chaveiros, ecojóias, réplicas e materiais para escritório, sendo todos estes artefatos desenvolvidos a partir da borracha manufaturada, contemplando os princípios dos 5 R´s:
•Reeducação Ambiental
• Repensar no equilíbrio planetário
• Redução do consumo
• Reutilização de materiais
• Reciclagem (última opção)
Temos por base uma metodologia elaborada para lidar com uma das questões sócio ambientais que se tornou um grande problema da atualidade que é o descarte indevido de pneus.
O passivo ambiental de pneus usados e a demanda crescente por pneus novos gerou uma situação insustentável, de forma que os recicladores do material não conseguem absorver e destinar de maneira ecologicamente correta a totalidade dos pneus.
Uma das escolhas para minimizar este impacto, é disseminar o conceito de reaproveitamento funcional, onde o que seria descartado pode ser transformado de forma artesanal em objetos utilitários diversos, como: cadeiras, bancos, mesas, floreiras e afins.
A organização loca e vende os produtos feitos com pneus, desde mesas, cadeiras, poltronas, etc, além de ter oficinas de artesantano onde ensina as técnicas para a confecção dos produtos feitos com borracha.

Grupo anuncia que recolheu 10 milhões de fragmentos de lixo marinho

Mais de 10 milhões de peças de lixo foram colhidas das correntes marítimas do mundo em um único dia ano passado, divulgou nesta terça-feira (13) o grupo de Conservação Oceânica.
Para Philippe Cousteau, chinelos de praia que apareceram no Ártico da Noruega simbolizam a natureza global do problema do lixo marinho.
“Nós vimos às sandálias chegando à costa destas ilhas, no extremo norte da Noruega, próximo ao Círculo Ártico, disse Costeau, conservacionista e neto do famoso oceanógrafo Jacques Cousteau.
“As pessoas não usam chinelos de praia no Ártico, pelo menos se elas são sãs”, disse ele. “Acho que o mundo está começando a perceber que este é um problema global”.

Fonte: Folha Online





domingo, 11 de abril de 2010

Reciclagem óleo de cozinha

O óleo de cozinha após ser usado normalmente é jogado em pias, ralos e até mesmo no solo. Quando ele é descartado de forma inadequada temos como conseqüências:
- Entupimento da tubulação das casas;
- Entupimento das galerias de esgoto, causando retorno para as casas, mau cheiro e enchentes;
- Sobrecarrega as estações de esgoto, fazendo necessário o uso de mais produtos e mais energia para limpar a água. Quem paga a conta? Você!
- Polui rios e lagos, podendo causar sua morte!
- Polui o solo, podendo causar sua morte! Proliferação de vetores de doenças como moscas, ratos e baratas.
- Provoca a emissão de metano, um dos principais gases que causam o Aquecimento Global no planeta.
 
Com o óleo de cozinha pós uso podemos encaminhar para a reciclagem, onde ele é utilizado na fabricação de tintas, vernizes, ração animal e biodiesel.

O Vale do Paraíba conta com o Projeto Óleo da Solidariedade um projeto da Ong Instituto Eco-Solidário, onde são coletados e encaminhados para a reciclagem o óleo de cozinha pós uso.
Veja alguns pontos de coleta:
Jacareí: Paróquia Nossa Senhora da Santíssima Trindade - Centro Santuário do Carmo – Centro
São José dos Campos: UNIVAP - Centro - E. Prof. Arlindo Caetano Filho Mercadinho Piratininga  - Centro
PEV Jardim Interlagos
ACM – Jardim Satélite
CECOI – Bosque dos Eucaliptos 

Informação de mais pontos de coleta, acesse o site: http://www.oleodasolidariedade.org.br/

Outra solução para o óleo de cozinha pós consumo, e fazer sabão. Veja abaixo como é simples fazer:
Ingredientes:

4 litros de óleo de cozinha pós uso (peneirado)
500 g de soda cáustica (cuidado ao manipulá-la
1 litro de água
1 copo americano de sabão em pó

Preparo:
Misture tos os ingredientes em um balde
Mexa entre 40 a 60 minutos sem parar

Finalização:
Coloque o produto final em formas retangulares
Após 12 horas cortar
Após 2 dias desenformar



sábado, 10 de abril de 2010

Nova camisa da seleção brasileira é colada e feita de material reciclado


O novo material e a nova técnica de costura proporcionarão uma redução de 15% no peso total da camisa da seleção brasileira em relação à versão anterior.
A CBF apresentou hoje em Londres, onde a Seleção Brasileira enfrenta a Irlanda na próxima terça-feira, a nova camisa amarela com a qual o Brasil vai disputar a Copa do Mundo na África do Sul.
A grande novidade do lançamento é que a camisa é feita com plástico reciclado de garrafas PET. Cada camisa utiliza material equivalente a oito garrafas descartadas.
Além disso, nas costuras da nova camisa da seleção, a fabricante usou cola no lugar da linha que normalmente é utilizada.
Técnica semelhante vem sendo usada nos macacões dos pilotos de Fórmula 1 para redução do peso total do conjunto formado por carro e piloto que é controlado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA).
O novo material e a nova técnica de costura proporcionarão uma redução de 15% no peso total da camisa da seleção brasileira em relação à versão anterior.
Outra novidade são orifícios feitos a laser na parte lateral da camisa para proporcionar maior refrigeração aos atletas.
Andrada diz que, para a tradicional camisa amarela, "a CBF fez questão de manter o design clássico com um visual simples, sem muitos detalhes para não descaracterizar a camisa consagrada mundialmente".
A camisa tem gola careca verde de onde saem duas listras verdes por cima dos ombros.
Na frente, permanecem as cinco estrelas acima do escudo, simbolizando as cinco Copas do Mundo conquistadas pela Seleção, o logo da fabricante e o número de cada jogador.
 
Fonte: BBC

AFINAL, O QUE É LIXO?

Chamamos de lixo tudo aquilo que não nos serve mais e jogamos fora. Os dicionários de língua portuguesa definem a palavra como sendo: coisas inúteis, imprestáveis, velhas, sem valor; aquilo que se varre para tornar limpa uma casa ou uma cidade; entulho; qualquer material produzido pelo homem que perde a utilidade e é descartado.
Infelizmente o fato de algum produto ou alimento não ser mais útil para nós não significa que ele deixará de existir. Você já parou pra pensar que muito do que jogamos fora e consideramos sem valor pode ser aproveitado por outras pessoas?
Os materiais que ainda podem ser usados para outros fins mesmo depois de serem descartados, passarão a ser chamados de MATERIAIS REAPROVEITÁVEIS; já aqueles materiais que precisam ser descartados, mas após sofrerem transformações podem novamente ser usados pelo homem passarão a se chamar MATERIAIS RECICLÁVEIS!!!
Por exemplo: aquela famosa poltrona feita de garrafas do tipo PET é um reaproveitamento. Por outro lado a transformação química e física da garrafa PET em fibras de poliéster para a fabricação de tecido para roupas é um processo de reciclagem .

Bijuterias feitas com reutilização de papel

Bijuterias em papel



O que você precisa:
- papéis coloridos usados: revistas, papéis de presente, etc.
-régua
-lápis
-tesoura
-cola branca
-linha ou fio de nylon
-agulha grande

Como fazer:
1. Numa folha de revista ou papel de presente, desenhe com o lápis triângulos de 3 cm de base e pelo menos 6 cm de altura.
2. Corte os triângulos de papel. Para fazer um colar curto, você precisa de 15 triângulos.
3. Enrole cada triângulo utilizando a agulha como apoio.
4. Cole a ponta do triângulo com cola branca. Retire a agulha e pronto: está formada a pérola.
5. Depois de prontas, junte as pérolas com uma linha ou fio de nylon.

Dicas:
Use verniz incolor ou cola branca diluída em água para impermeabilizar as pérolas.
Faça colares de várias voltas.
Experimente papéis com coloridos diferentes e faça proveito dos vários padrões que podem surgir.
Intercale contas e miçangas entre as pérolas.
Faça conjuntos de colares e pulseiras.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Reciclagem do Vidro


O vidro é composto basicamente de areia, barrilha, calcário e feldspato, é 100% reciclável, não ocorrendo perda do material durante o processo de fusão. Para cada tonelada de caco limpo, obtém - se uma tonelada de vidro novo.

Além disso, cerca de 1,2 tonelada de matéria prima deixa de ser consumida. Nos sistemas de reciclagem mais completos, o vidro bruto estocado em tambores é submetido a um eletroímã para separação dos metais contaminantes. O material é lavado em tanque com água, que após o processo precisa ser tratada

e recuperada para evitar desperdício e contaminação de cursos d'água. Depois, o material passa por uma esteira ou mesa destinada à catação de impurezas, como restos de metais, pedras, plásticos e vidros indesejáveis que não tenham sido retidos. Um triturador transforma as embalagens em cacos de tamanho homogêneo que são encaminhados para uma peneira vibratória. Outra esteira leva o material para um segundo eletroímã, que separa metais ainda existentes nos cacos.

O vidro é armazenado em silo ou tambores para abastecimento da vidraria, que usa o material na composição de novas embalagens. A inclusão de cacos de vidro no processo normal de fabricação reduz o gasto com energia e água.

Para cada 10% de caco de vidro na mistura economiza-se 4% de energia necessário a fusão do forno industrial e redução de 9,5%no consumo de água.

Reciclagem do Metal


Depois de separados do lixo por processo manual ou através de separadores eletromagnéticos, os metais precisam passar por processo de limpeza em peneiras para a retirada de terra e de outros contaminantes. Em seguida, são cortados ou prensados para facilitar o transporte em caminhões até as indústrias recicladoras.

Ao chegar na usina de fundição, a sucata vai para fornos elétricos ou a oxigênio, aquecidos a 1550 graus centígrados. Após atingir o ponto de fusão e chegar ao estado de líquido fumegante, o material é moldado em tarugos e placas metálicas, que serão cortados na forma de chapas de aço. A sucata demora somente um dia para ser reprocessada e transformada novamente em lâminas de aço usadas por vários setores industriais - das montadoras de automóveis às fábricas de latinhas em conserva.

O material pode ser reciclado infinitas vezes, sem causar grandes perdas ou prejudicar a qualidade. Aciarias de porte médio equipadas com fornos elétricos processam a sucata por custo inferior ao das siderúrgicas convencionais.

Reciclagem do Plástico

Depois de separado, enfardado e estocado, o plástico é moído por um moinho de facas e lavado para voltar ao processamento industrial. Após secagem, o material é transferido para o aglutinador, que tem a forma de um cilindro, contendo hélices que giram em alta rotação e aquecem o material por fricção, transformando-o numa pasta plástica. Em seguida, é aplicada água em pequena quantidade para provocar resfriamento repentino, que faz as moléculas dos polímeros se contraírem, aumentando sua densidade. Assim, o plástico adquire a forma de grânulos e entra na extrusora, máquina que funde e dá aspecto homogêneo ao material, que é transformado em tiras (spaghetti).

Na última etapa, as tiras do material derretido passam por um banho de resfriamento, que as solidificam. Depois, são picotadas em grãos chamados "pellets", vendidos para fábricas de artefatos plásticos, que podem misturar o material reciclado com resina virgem para produzir novas embalagens, peças e utensílios.

É possível usar 100% de material reciclado.

Reciclagem do Papel


O papel é separado do lixo e vendido para sucateiros que enviam o material para depósitos. Ali, o papel é enfardado em prensas e depois encaminhado aos aparistas, que classificam as aparas e revendem para as fábricas de papel como matéria-prima. Ao chegar à fábrica, o papel entra em uma espécie de grande liquidificador, chamado "Hidrapulper", que tem a forma de um tanque cilíndrico e um rotor giratório ao fundo. O equipamento desagrega o papel, misturado com água, formando uma pasta de celulose. Uma peneira abaixo do rotor deixa passar impurezas, como fibras, pedaços de papel não desagregado, arames e plástico. Uma tonelada de aparas pode evitar o corte de 10 a 12 árvores provenientes de plantações comerciais reflorestadas.

A fabricação de papel com uso de aparas gastam 10 a 50 vezes menos água que no processo tradicional que usa a celulose virgem, além de reduzir o consumo de energia pela metade.

Reciclagem da Madeira

As extrações de madeiras que são encaminhadas as serralherias e posteriormente as industrias, sofrem processo de industrialização transformando-as em produtos de uso diversos.

Após o uso, estes materiais são descartados como restos de madeira, principalmente, materiais utilizados pelas industrias.

A reutilização da madeira, consiste no processo de separação e trituração dos materiais, retirando impurezas e metais como fitas metálicas, pregos etc.

Após o processo de trituração, são enviados para reutilização na fabricação de placas aglomeradas para confecção de móveis e caixas de embalagens, como combustível para aquecimento de fornos e caldeiras, e também para industrias de celulose na fabricação do papeis.

terça-feira, 6 de abril de 2010

PNUD amplia centros de reciclagem no país

O setor de projetos do Protocolo de Montreal, impulsionado pelo PNUD, vai instalar no Brasil mais 114 unidades de reciclagem de gases prejudiciais à camada de ozônio, ou com potencial de aquecimento global, em empresas que fabricam geladeiras e equipamentos de ar condicionado que utilizam gases nocivos como o CFC e o HCFC em seu funcionamento.
O assessor técnico do Protocolo de Montreal no PNUD, Anderson Moreira do Vale Alves, explica que as unidades de reciclagem são centros de regeneração que recebem os gases contaminados e os tratam para que eles possam voltar ao mercado. Elas são capazes de reciclar o CFC-12 (nocivo à camada de ozônio e usado em refrigeradores domésticos e comerciais de pequeno porte), e os gases estufa HCFC-22 (usado em aparelhos de ar condicionado) e HFC-134a (usado em refrigeradores domésticos).
“Esse equipamento permite a filtragem do fluído, separando o material nocivo e purificando o gás, que volta a ser limpo. Isso possibilita seu uso com segurança e o mesmo desempenho. Os gases reciclados continuam com potencial de destruição do ozônio ou de aquecimento global, mas terão um círculo de vida maior em uma estratégia de contenção, para evitar que os gases sejam liberados na atmosfera”, explica Alves.
O foco dos centros de regeneração de gases são os equipamentos de refrigeração mais antigos, que contém CFC. Mas Alves explica que, mesmo os mais modernos, contêm gases nocivos ao meio ambiente, como o estufa HCFC. Por isso, as unidades foram pensadas para ter uma vida útil de 40 anos, e reciclam outros gases além do CFC.
“Todos os gases de refrigeração hoje são estufa ou agridem a camada de ozônio. Só os equipamentos com hidrocarbonetos são inofensivos, mas aparelhos assim ainda são poucos. Reciclar os gases sai mais barato que comprar um gás novo. Queremos dar viabilidade econômica ao processo de eliminação do consumo de gases nocivos”, acrescenta.
Distribuição – As 114 novas unidades de reciclagem serão distribuídas em 96 municípios de cinco estados, de acordo com o consumo de gás em cada cidade – regiões industriais, por exemplo, têm uma maior demanda por reciclagem – e a distância que possuem dos centros de regeneração já existentes.
Alves diz que um dos critérios é estar a mais de 70 quilômetros de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre, Brasília, Curitiba, Fortaleza ou Joinville, cidades que já contêm os equipamentos.
Ainda de acordo com o assessor técnico, a demanda por reciclagem vem crescendo. “Antes não havia conhecimento sobre reciclagem ou a necessidade de reciclar, pois não eram conhecidos os efeitos nocivos desses gases. Mas depois que houve identificação dos danos causados ao meio ambiente e a Resolução do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) nº 267, de 2000, que determinou que todo gás deve ser recolhido e tratado durante a utilização, surgiu essa necessidade.”
As empresas do setor de refrigeração que se interessarem em receber e operar uma unidade de reciclagem têm até 5 de abril para manifestar interesse, enviando sua candidatura à Unidade de Projetos do Protocolo de Montreal. Todas as postulantes deverão atender aos critérios de elegibilidade estabelecidos pela Portaria nº 462 do Ministério do Meio Ambiente, de 23 de dezembro de 2009.
Alves acrescenta que os equipamentos serão direcionados por ordem de chegada, conforme as empresas forem se candidatando. Essa é a última etapa na expansão da reciclagem de gases, e não serão distribuídos novos equipamentos. No site do Protocolo de Montreal está disponível a relação completa de cidades que receberão unidades de reciclagem, a quantidade de máquinas e empresas por município e também os critérios de candidatura para as companhias.

Fonte: Bruna Buzzo/ PrimaPagina/PNUD



1,5 bilhão de sacolas plástica a menos no meio ambiente no Brasil neste ano, diz Minc

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc em evento na praia de Ipanema, no Rio de Janeiro para distribuição de materiais de divulgação da campanha nacional “Saco é um Saco” que visa diminuir o uso de sacolas plásticas em supermercados estimou que devido a campanha de incentivo ao uso de sacolas ecológicas – reutilizáveis – a redução de seu consumo no ano de 2010 pode chegar a 1,5 bilhão de sacolinhas plásticas.
Aos poucos o Brasil vem aumentando ações e incentivos para a redução de consumo das sacolas plásticas que são descartadas gerando inúmeros problemas ao meio ambiente. No ano passado, conseguimos reduzir 600 milhões de sacos plásticos, que seriam lançados no meio ambiente.
O uso abusivo das sacolinhas plásticas, que acabam indo para no lixo, ajudando a aumentar os níveis de poluição nos rios, córregos e nos mares. Além de fazer parte da cadeia alimentar de animais, ocasionando em inúmeros registros de animais mortos por ingestão (peixes, tartarugas e golfinhos) ou por se enrolarem em restos de sacolas plásticas.
A luta contra as sacolas plásticas vem tomando força ano a ano graças ao engajamento das grandes redes de supermercados, e da população na conscientização boa a boca. A rede de supermercados Walmart há cerca de 1 ano incentiva o uso das sacolas retornáveis em crédito aos seus clientes, ou seja, quando o cliente deixa de utilizar as sacolas plásticas, fornece desconto no valor final das compras. De acordo com o diretor de Relações Institucionais do Walmart, Carlos Ely, a empresa já concedeu mais de R$ 460 mil em descontos aos clientes que aderiram a idéia do consumo consciente.
Ações como estas mostram que é possível chegarmos a redução na geração de lixo, mas vale ressaltar, que para termos resultados cada vez mais positivos, cabe a população, governo e empresas entrarem num consenso, e caso não haja colaboração as sociedade e empresas, cabe ao governo impor regras e condições para o consumo consciente. Pois é possível, haver crescimento econômico havendo respeito aos recursos naturais e ao meio ambiente.