quarta-feira, 26 de maio de 2010

Sacolas problema ou solução? Opte pelas retornáveis

Nos dias de hoje é comum, quase unânime que as pessoas achem a vida que temos hoje ser muito melhor que a do passado. Eu, por muito tempo pensava o mesmo, imaginava como seria a vida sem telefone, celular, televisão, computador, internet, carro, avião, enfim, inúmeras descobertas que mudaram a forma de viver, ganhamos tempo, conquistamos o espaço, aumentou nossa expectativa de vida e lidamos melhor com a distância. Porém, a cada dia vejo que estava enganada; primeiro o relacionamento pessoal era mais aberto, receptivo, sincero; as famílias eram mais unidas, o respeito ao próximo mais exigido e o principal para mim: a relação com o meio ambiente era natural e respeitosa com os seus ciclos.
Nossos país e avós antigamente ao ir ao supermercado, feira, mercado traziam os produtos comprados em carrinhos, sacolas de pano, sacos de papel. Esta era a alternativa que havia para as pessoas na época poder carregar suas compras. Com o avanço tecnológico, o incentivo ao consumo e a busca pela “facilidade” entrou no mercado as sacolas plásticas – aquelas que deveriam ser a solução se transformaram em problema.
Só para termos uma idéia do problema que temos, menos de 1% de todas as sacolas plásticas são recicladas no mundo, as demais são jogadas em lixões, aterros sanitários, rios, lagos, oceanos e sabe se mais aonde. Em média o tempo de decomposição destas sacolas é de 100 a 400 anos e elas jogadas no local errado trazem sujeira, poluição e morte. As sacolas são “arrastadas” para inúmeros lugares e em sua maioria vão para os mares e oceanos, existe registro de sacos plásticos em todos os oceanos em todas as partes do mundo. Eles se degradam com o passar do tempo se decompõe em petro-polímeros menores e mais tóxicos, tendo como consequência à contaminação dos solos e vias pluviais, além de fazer parte da cadeia alimentar de varias espécies, chegando a mais de 200 espécies da fauna marinha que morre devido à ingestão desta “iguaria”.
Mas o que podemos fazer para mudar isso? Algumas redes de supermercados em nosso país têm incentivado o não consumo destas sacolas, oferecendo descontos para aqueles clientes que optam em não as utilizar ou a cobrança do uso das sacolinhas. Mas isto não basta, a mudança tem que vir de nós. Levar nossa própria sacola às compras é um hábito saudável, que podemos adotar com uma pequena mudança na nossa rotina. Reduza. Reutilize. Recicle!!
O uso de sacolas plásticas retornáveis evita desperdício de plástico e o descarte de um lixo que leva até 400 anos para se decompor na natureza. Para termos idéia da economia, se usarmos sacolas retornáveis, chegamos a economizar 6 saquinhos plásticos em uma semana, 24 no mês, 288 por ano e a mais de 22 mil no decorrer da vida. Só a China economiza por ano cerca de 37 milhões de barris de petróleo com a proibição do uso das sacolas. Além da China, temos Bangladesh, Canadá, Irlanda, Ruanda, Quênia, Israel, Canadá, Índia, Tanzânia, África do Sul entre outros.
Ao adquirir esta idéia, você está se propondo a reduzir seu impacto no meio ambiente e colaborando com a preservação do planeta. Não pense que sua ajuda é pequena, é na junção de atitudes como esta entre milhares de pessoas que fazemos a diferença.

Aumenta a geração de lixo dos brasileiros

O povo brasileiro se iguala aos europeus na quantidade de lixo gerado. Este aumento possivelmente ocorreu devido a melhora do poder de compra dos brasileiros, e isto faz com que a população do País produza cada vez mais lixo inorgânico, porém a implantação de programas de coleta seletiva e os níveis de reciclagem não crescem na mesma medida.
Os dados fazem parte do estudo Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2009, com dados obtidos pelo jornal Estado de São Paulo. A média de geração de lixo no Brasil hoje é de 1,152 quilo por habitante ao dia, padrão próximo aos dos países da União Europeia (UE), cuja média é de 1,2 kg ao dia por habitante. Nas grandes capitais, esse volume cresce ainda mais: Brasília é a campeã, com 1,698 kg de resíduos coletados por dia, seguida do Rio, com 1,617 kg/dia, e São Paulo, com 1,259 kg/dia. Além disso, o volume de lixo cresceu 7,7% em 2009 - foram 182 mil toneladas/dia produzidas ante 169 mil toneladas/dia no ano anterior.
O estudo, anual, abrange 364 municípios e foi realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), entidade que reúne as empresas de coleta e destinação de resíduos. "Alcançamos um padrão europeu de geração de resíduos e estamos nos aproximando dos americanos (2,8 kg por habitante/dia). Infelizmente, isso está acontecendo sem alcançarmos o mesmo grau de desenvolvimento desses países", afirma Carlos Roberto da Silva Filho, diretor executivo da Abrelpe.
De acordo com o levantamento, 56,8% desse lixo vai para aterros sanitários, 23,9% vai para aterros controlados (que não possuem tratamento de chorume) e 19,3% termina em lixões. Os aterros das grandes cidades, no entanto, caminham para a saturação.

sábado, 1 de maio de 2010

Coleta Seletiva - E eu com isso?

Humm.... Nada! O Brasil tem 5.562 municípios. Apenas 405 deles garantem ofertar a tal da Coleta Seletiva. Não cobre 8% do país. E pior: é raro o município cuja cobertura chega a 100%. Mas esse não é o ponto mais importante dessa conversa. O fato de você não ter nada a ver com coleta seletiva não é porque ela é ainda incipiente no País. Eu digo pra você que isso nem chega a ser um problema.
O problema é que nós cidadãos devemos ter uma preocupação primeira, chamada S-E-P-A-R-A-Ç-Ã-O Seletiva.
Coleta Seletiva é um problema da Prefeitura da sua cidade. E você votou em alguém para se preocupar com isso no seu lugar. Nas cidades onde existe a Coleta Seletiva – cuja implantação é uma obrigação constitucional do município – os índices de coleta são muito, mas muito baixos. Em 98% dos municípios não chega a 5% do lixo gerado.
Por quê? Elementar, meu caro blogonauta: se nós não falarmos em separação seletiva, quando passaremos a praticá-la? Agora, se você já separa o lixo, parabéns por seus instintos de coletividade, mas, no momento, deixe-os de lado e racionalize comigo: se eu não separar meus resíduos, como o município poderá coletá-lo?
Certa vez, ouvi de uma pessoa: - Eu separava o lixo. Mas aí, antes do caminhão da prefeitura retirá-lo, passava um catador, rasgava todo o saco a procura de coisas de valor ($$$) e largava tudo lá, na rua, na maior sujeira. A outra me disse: - Separar pra quê? Ninguém coleta. E ainda ouvi essa: - Ah! Isso dá um trabalho, eu não tenho tempo!
Não ter tempo é uma boa desculpa para quem ainda acha que não tem relação nenhuma com seus semelhantes e nem com o meio em que vive. Triste... Mas, para a primeira e para a segunda colega, dei o seguinte conselho: - Faça o seguinte: Sua parte é separar. Então separe, armazene e vasculhe a cidade em busca de um lugar em que reaproveitam esse resíduo e passe a levá-lo lá. Converse com suas vizinhas e estabeleça um rodízio para não ter que ir toda semana. Depois, você fala para o Prefeito de sua cidade o que você e suas vizinhas andam fazendo a esse respeito.
É certo que você vai ter um pouco mais de trabalho, até porque, como disse, se separação é problema seu, coleta é problema do Prefeito. Mas, o resultado disso é, no mínimo, interessante: ou Prefeito vai se movimentar para ofertar melhor (ou implantar) a coleta seletiva; ou você, certamente, vai se lembrar dele na próxima eleição!
A gente exerce a cidadania com deveres. E separar os resíduos é, sem dúvida, um deles. Então, pessoal, o que nós temos a ver com coleta seletiva? Nada. E o que temos a ver com Separação Seletiva? Tudo!